Com medo de ser assassinada, prefeita deixa a cidade

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  • Com medo de ser alvo de um crime político, a prefeita de Lambari D'Oeste (339 km a Oeste de Cuiabá), Maria Manea da Cruz Vitozzi (PP), deixou a cidade. Ela veio para Capital em busca de proteção pessoal. 

    Recentemente, conforme MidiaNews revelou, a Polícia Civil da cidade desarticulou um plano que visava a seqüestrá-la e, depois, matá-la. Duas pessoas foram presas e o crime, evitado.

    Em entrevista ao jornalista Jonas Campos, da Rede Globo, Maria Manea contou que foi alertada por amigos de que ela seria assassinada e teria o corpo jogado em alguma ribanceira da região. Por este motivo, a prefeita decidiu deixar Lambari D'Oeste. "A cada carro que passa em frente de casa, a gente fica com medo. Eu que tenho que me cuidar", declarou.

    A prefeita ainda ressaltou que, mesmo buscando proteção pessoal, não eliminará os riscos de ser vítima de pistoleiros, crime que teria motivação política. "Procurar me proteger um pouco, mas quem quiser fazer maldade dá um jeito, mesmo se a gente estiver acompanhada. Mas, o mandato, eu tenho que terminar", afirmou.

    O plano para matar Maria Manea foi denunciado à Polícia Civil, que passou a monitorar os suspeitos. Os dois suspeitos foram presos no momento em que era feita a primeira parte do pagamento e acertados os últimos detalhes do crime. Ainda foram apreendidos R$ 5 mil em dinheiro e cheques. "O provável motivo seria de ordem política, envolvendo, justamente, a disputa pelo Poder Executivo dentro de Lambari D'Oeste", disse o delegado Mário Rezende.

    R$ 80 mil e sequestro

    De acordo com as investigações, o crime foi supostamente encomendado por um empresário da cidade, cujo nome não foi revelado, por R$ 80 mil. O plano era de seqüestrar a prefeita e exigir resgate de R$ 800 mil; após o eventual pagamento, ela seria assassinada. Seria uma estratégia para impedir a prefeita de concorrer à reeleição, em 2012.

    Mesmo com a prisão dos acusados, Maria Manea diz estar com medo de ser morta. O marido dela, Luis Carlos Alves da Cruz, o Luiz Preto, em 2004, quando disputava a reeleição, também foi ameaçado e acabou sendo assassinado por um pistoleiro, após um comício. O crime aconteceu na noite de 26 de setembro.

    "Na hora que ele entrou no carro, pegou o volante, eu passei para o lado do passageiro, chegou um cidadão, chamou ele e lhe deu um tiro na cabeça. Pegou assim [ao apontar para a própria cabeça]. O carro estava engatado, disparou e batemos em um poste. Aí que o povo foi ver que era tiro", lembrou.

    O ex-vereador Wellington Salomão foi condenado a 18 anos de cadeia, acusado de ser o mandante do assassinato de Luiz Preto. Ele está foragido. Segundo as investigações da época, o crime teria custado R$ 40 mil e teve motivações políticas.

     

 
 

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