Com estilo light, Silval não consegue frear paralisação

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Há 13 meses no cargo, sendo 5 no novo mandato, o governador Silval Barbosa (PMDB) enfrenta a primeira greve que envolve a maior categoria do serviço público. Os profissionais da Educação anunciaram para o próximo dia 6 uma paralisação, o que implica no fechamento de 724 escolas estaduais, que têm matriculados 345 mil alunos.

     A decisão foi tomada durante reunião na tarde desta segunda (30) na sede do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) com a categoria, na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.

     Mesmo com seu estilo "light" e disposto a buscar o diálogo, Silval não conseguiu demover a ideia dos professores. A categoria considerou, por unanimidade, que a proposta da secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso não contempla a reivindicação do piso salarial de R$ 1,3 mil para os profissionais.

      A última proposta enviada à entidade previa, além dos 10% de reajuste, mais 3% em dezembro de 2011 e assegurava o piso salarial de R$ 1,3 mil no primeiro quadrimestre de 2012. O piso atual é de R$ 1,1 mil

     A secretária de Educação, Rosa Neide Sandes é alvo de denúncias sobre supostos atos de improbidade envolvendo a pasta. Para Rosa Neide, porém, as suspeitas que surgem a respeito de sua administração ocorrem devido ao tamanho da pasta. Hoje a Seduc possui mais de 20 mil servidores e tem um orçamento que corresponde a cerca de 25% de toda a dotação do Estado, de quase R$ 12 bilhões.

     Silval garante, porém, que prioriza a educação e não vê razões para movimento em defesa de greve da categoria. De acordo com ele, o reajuste concedido aos profissionais do setor de 6,47% está acima da inflação. Além disso, garante outros 3% para a folha salarial de maio.

     O governador lembra ainda que há um compromisso firmado com os educadores para conceder 3% de aumento em dezembro deste ano.

    Além dos profissionais da Educação, Silval passa por uma outra ameaça. Os investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso irão paralisar as atividades na próxima sexta (3), por um período de 24 horas. O objetivo é alertar o Governo do Estado para a necessidade de negociar reajuste salarial das categorias. Os servidores alegam que o setor não passa por uma reestruturação desde 2008.

    Atualmente, o Estado possui 2,1 mil investigadores e escrivães, lotados em 104 municípios. O salário inicial de ambos é R$ 2,3 mil e, conforme o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, a proposta é que esse teto aumente para R$ 5,5 mil.

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