A Gazeta
Com a queda na umidade do ar, que já atingiu menos de 20% na Capital, a disseminação de doenças contagiosas aumenta, principalmente em crianças e idosos, por causa da imunidade mais frágil. Viroses e conjuntivites estão entre os problemas que ocorrem nesse período no ano, porém, com hábitos simples é possível fortalecer o sistema imunológico para enfrentar os chamados surtos.
O fluxo de pacientes nos consultórios e pronto-atendimentos pediátricos costuma aumentar nesse período, especialmente nos meses de agosto e setembro, quando o ar fica mais seco.
A funcionária pública Evelin Delamônico, 34, não enfrenta muitos problemas de saúde com a filha Ana Beatriz, de 2 anos. Como a menina ainda não estuda, ela fica menos suscetível às doenças contagiosas que se proliferam no inverno. “É difícil ela ficar doente, mas acho que é porque ela ainda não vai para a escola.
Mas em casa nós cuidamos bastante, coloco umidificador nos cômodos, porque está difícil para os adultos e para as crianças é pior ainda. Tive que levar a Ana Beatriz ao médico porque ela começou uma tosse seca há uma semana, o que atrapalha o sono”.
Na casa da empresária Eliane Clementino Carnaúba, 34, as medidas preventivas são sempre em dobro, para proteger Márcio, 4, e Felipe, 7, mas são comuns os episódios de gripes e outras doenças contagiosas. Como prevenção ela recolhe nessa época do ano objetos como cortinas e tapetes, além de colocar umidificadores de ar nos cômodos da casa, mas ainda assim, os meninos ficam doentes, o que acarreta consultas duplas ao pediatra.
“Quando um fica doente o outro sempre fica, então todas as vezes que marco consulta já levo os dois. A gente toma muito cuidado em casa, mas como os dois já estão na escola sempre pegam viroses e ai um passa ao outro”.
Também são comuns os casos de conjuntivite causada por vírus e bactérias, e a varicela, que é mais conhecida como catapora. Para a varicela já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) as vacinas, mas nessa primeira etapa só podem ser imunizadas crianças entre um e dois anos de vida através da vacina conhecida como tetraviral que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já para as outras faixas etárias a única possibilidade para a prevenção é comprar a dose na rede privada, que em algumas clínicas da Capital custa por volta de R$ 150.
Apesar de na maioria dos casos ser inofensiva e sarar após alguns dias, a catapora é perigosa em aproximadamente 8% dos doentes ocorrem complicações como problemas de pele, pneumonia e pode até levar à morte, por isso a vacinação é tão importante e uma das recomendações do Ministério da Saúde.