Um grupo de empresários chineses se reuniu com o governador Silval Barbosa (PMDB), na tarde desta quinta-feira (29), no Palácio Paiaguás, para discutir sobre a possibilidade de tocarem as obras da Ferronorte (Ferrovia Senador Vicente Vuolo) em Mato Grosso.
A empresa ATI (Asian Trade & Investiments) tem interesse em dois trechos da ferrovia: de Rondonópolis (212 km ao Sul da capital) a Cuiabá, e de Cuiabá a Santarém, no Pará.
O traçado ainda será definido, mas deve ser próximo à BR-364/163, para diminuir o impacto ambiental.
O trecho entre Itiquira (357 km ao Sul) e Rondonópolis está em obras e deve ser concluído no começo de 2013. Três terminais da Ferronorte já estão em operação: Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá), Alto Araguaia (a 414 km) e Itiquira.
No final do ano que vem, deve ser concluído o estudo de viabilidade, que está sendo realizado pelo Governo do Estado e Governo Federal, dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As obras da ferrovia devem ser licitadas somente em 2014.
“Para garantir a viabilidade de trecho entre Cuiabá e Rondonópolis, precisamos somente de cinco produtos: diesel, milho, soja, insumo para cimento e fertilizantes. E temos até mais produtos que esses para transportar”, disse o vereador Francisco Vuolo (PR), que acompanha de perto a articulação para implantar a ferrovia em Mato Grosso.
O objetivo do grupo chinês, além de lucrar com a ferrovia, é baratear o transporte da produção mato-grossense até a China.
"Esse é um projeto estratégico para o Estado, e que vai trazer grande economia no frete da nossa produção. A China é o grande mercado consumidor da soja produzida em Mato Grosso, e tem interesse em reduzir o preço do produto”, disse o secretário de Logística Intermodal de Transportes, Edmilson dos Santos.
“O trecho entre Cuiabá e Santarém está numa região que é grande produtora de alimentos, e a China tem grande demanda de recursos e commodities agrícolas. Eles têm interesse em criar um caminho mais barato para a soja chegar na China”, disse o representante da ATI no Brasil, Anselmo Leal.
“Hoje, o custo de transporte da soja de Mato Grosso é três vezes maior que a média mundial. Então, os chineses entendem que, desenvolvendo logística, é possível conseguir produtos de qualidade do Mato Grosso a preço acessível”, completou.
Mudanças na concessão
Em agosto deste ano, o Governo Federal lançou um pacote do PAC contemplando ferrovias e criou um novo marco regulatório do setor. Os estudos de viabilidade do trecho Cuiabá-Santarém da Ferronorte foram incluídos nesse pacote.
O superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Noboro Ofugi, afirmou que as novas regras para construção de ferrovias no Brasil tornam o investimento mais atrativo.
“Estamos concluindo o estudo do novo marco regulatório brasileiro para ferrovias. Os próximos trechos da Ferronorte já serão construídos no novo modelo, que será semelhante ao das rodovias privatizadas. A empresa que detiver a concessão cobrará uma espécie de pedágio para que outrasempresas usem os trilhos para transportar”, explicou.
Ele disse que o Governo separou o controle da gestão ferroviária, o controle de tráfego e a operação da ferrovia propriamente dita.
O representante da ATI, Anselmo Leal, disse que as novas regras trazem mais segurança com relação à garantia de retorno do investimento.
“Com a nova regulação, teremos mais conforto no quesito demanda. Antes, não tínhamos certeza da demanda, e agora ficar muito mais simples entender como será o negócio de fato”, afirmou.
A empresa ATI (Asian Trade & Investiments) tem interesse em dois trechos da ferrovia: de Rondonópolis (212 km ao Sul da capital) a Cuiabá, e de Cuiabá a Santarém, no Pará.
O traçado ainda será definido, mas deve ser próximo à BR-364/163, para diminuir o impacto ambiental.
O trecho entre Itiquira (357 km ao Sul) e Rondonópolis está em obras e deve ser concluído no começo de 2013. Três terminais da Ferronorte já estão em operação: Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá), Alto Araguaia (a 414 km) e Itiquira.
No final do ano que vem, deve ser concluído o estudo de viabilidade, que está sendo realizado pelo Governo do Estado e Governo Federal, dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As obras da ferrovia devem ser licitadas somente em 2014.
“Para garantir a viabilidade de trecho entre Cuiabá e Rondonópolis, precisamos somente de cinco produtos: diesel, milho, soja, insumo para cimento e fertilizantes. E temos até mais produtos que esses para transportar”, disse o vereador Francisco Vuolo (PR), que acompanha de perto a articulação para implantar a ferrovia em Mato Grosso.
O objetivo do grupo chinês, além de lucrar com a ferrovia, é baratear o transporte da produção mato-grossense até a China.
"Esse é um projeto estratégico para o Estado, e que vai trazer grande economia no frete da nossa produção. A China é o grande mercado consumidor da soja produzida em Mato Grosso, e tem interesse em reduzir o preço do produto”, disse o secretário de Logística Intermodal de Transportes, Edmilson dos Santos.
“O trecho entre Cuiabá e Santarém está numa região que é grande produtora de alimentos, e a China tem grande demanda de recursos e commodities agrícolas. Eles têm interesse em criar um caminho mais barato para a soja chegar na China”, disse o representante da ATI no Brasil, Anselmo Leal.
“Hoje, o custo de transporte da soja de Mato Grosso é três vezes maior que a média mundial. Então, os chineses entendem que, desenvolvendo logística, é possível conseguir produtos de qualidade do Mato Grosso a preço acessível”, completou.
Mudanças na concessão
Em agosto deste ano, o Governo Federal lançou um pacote do PAC contemplando ferrovias e criou um novo marco regulatório do setor. Os estudos de viabilidade do trecho Cuiabá-Santarém da Ferronorte foram incluídos nesse pacote.
O superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Noboro Ofugi, afirmou que as novas regras para construção de ferrovias no Brasil tornam o investimento mais atrativo.
“Estamos concluindo o estudo do novo marco regulatório brasileiro para ferrovias. Os próximos trechos da Ferronorte já serão construídos no novo modelo, que será semelhante ao das rodovias privatizadas. A empresa que detiver a concessão cobrará uma espécie de pedágio para que outrasempresas usem os trilhos para transportar”, explicou.
Ele disse que o Governo separou o controle da gestão ferroviária, o controle de tráfego e a operação da ferrovia propriamente dita.
O representante da ATI, Anselmo Leal, disse que as novas regras trazem mais segurança com relação à garantia de retorno do investimento.
“Com a nova regulação, teremos mais conforto no quesito demanda. Antes, não tínhamos certeza da demanda, e agora ficar muito mais simples entender como será o negócio de fato”, afirmou.