A decisão foi enviada ao governador do Estado de Mato Grosso Blairo Maggi pelo embaixador do Brasil, em Pequim, Clodoaldo Hugueney. O anúncio conjunto foi divulgado pela Administração Geral da Qualidade, Inspeção e Quarentena, (AQSIQ) e pelo Ministério da Agricultura da China(MOA). O Estado foi reconhecido pelas autoridades chinesas como área livre de febre aftosa. Outras 15 unidades federativas e o Distrito Federal também obtiveram o reconhecimento, segundo os critérios da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).
Desde 2005 a China restringiu a compra de carne bovina do Brasil após a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Para retomar as exportações para aquele país, os frigoríficos interessados deverão ser aprovados individualmente pela Administração Nacional de Certificação e Acreditação da China (CNCA), após apresentarem um conjunto de informações técnicas e documentos.
A documentação deverá ser encaminhada ao Ministério de Agricultura que, após análise, irá enviar as informações para a CNCA. Se os documentos foram considerados satisfatórios, o estabelecimento poderá ser credenciado imediatamente ou ainda passar por uma inspeção in loco feita por autoridades sanitárias chinesas.
"O setor agropecuário mato-grossense se consolida cada vez, e revelam que houve aumento da produtividade sem expansão de novas áreas. A abertura do mercado chinês para a carne bovina é fundamental para o mercado mato-grossense e nacional", pontuou", comemorou Blairo Maggi. Mato Grosso está há 14 anos sem o registro de casos da doença e o rebanho chega a é de 27,2 milhões.
De acordo com o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Décio Coutinho, essa decisão premia a pecuária de Mato Grosso com o aval dos Organismos Internacionais. "A manutenção da sanidade nas propriedades mato-grossenses foi fundamental para a retomada da comercialização com a China, o que contribuiu para a conquista de novos mercados", celebrou.
Nos primeiros seis meses de 2009, a China importou seis mil toneladas de carne bovina, sendo 88% da congelada. As poucas plantas frigoríficas brasileiras que mantiveram a autorização para exportar foram responsáveis por apenas 412 toneladas, menos de 7% do total. As propriedades serão aprovadas para exportar para a China conforme forem submetidas a auditoria oficial.