Mais de mil pessoas voltaram a
explorar o garimpo ilegal, conhecido como Serra do Caldeirão, no município de
Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá), após a operação “Terra do Nunca” ,
da Polícia Federal, que desocupou a área no dia 10 de novembro.
A informação é do prefeito da cidade,
Donizete Barbosa (PSDB).
De acordo com ele, depois da ação
policial, os agentes saíram da cidade, possibilitando o retorno dos
garimpeiros.
“A maioria das pessoas que estão
no garimpo é de fora. Eles retornaram algumas semanas depois da operação, pois
não há mais policiais fiscalizando a área”, afirmou o prefeito.
Barbosa disse que não pode tomar
nenhuma providência quanto à nova invasão, já que a responsabilidade é da
Polícia Federal.
A maioria das pessoas que estão
no garimpo é de fora. Eles retornaram algumas semanas depois da operação, pois
não há mais policiais fiscalizando a área
Antes da desocupação, determinada
pela Justiça Federal, cerca de 5 mil pessoas encontravam-se no local, em busca
do “sonho do dourado”.
Ao MidiaNews, a assessoria da PF
confirmou o retorno de garimpeiros na área.
Conforme a assessoria, a Polícia
Federal não pode agir sem nenhuma determinação oficial.
A instituição aguarda o andamento
de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), e que
prevê uma nova desocupação no local.
A ação civil propõe, ainda, a
permanência de policiais no garimpo, para que não ocorra uma nova invasão.
O caso
A corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda foi
confirmado pelo Governo do Estado no dia 12 de outubro.
À época, cerca de 600 pessoas
invadiram a área, após a divulgação de que uma grande quantidade de ouro foi
encontrada.
A disseminação de fotos e vídeos
(muitos frutos de montagens falsas) nas redes sociais colaborou para
intensificar a invasão ao local, que
chegou a receber mais de cinco mil pessoas.
A desocupação do local atendeu
a uma decisão do juiz federal Francisco
Antônio de Moura Júnior, da 1ª Vara da Subseção de Cáceres, proferida no dia 19
de outubro.
Não foi necessário o uso da força
para retirar os garimpeiros da Serra do Caldeirão.
A ação contou com o apoio da
Polícia da Militar, Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Grupo
Especializado de Fronteira (Gefron) e do Corpo de Bombeiros.
Logo depois da desocupação, uma
empresa foi contratada e fez a implosão de galerias, túneis e buracos abertos
pelos garimpeiros.
Midianews.