De quem é a culpa pela eliminação do Palmeiras na Sul-Americana?
Em duas bolas levantadas na área do time do Palestra Itália, os defensores bateram cabeça, o competente goleiro Deola levou azar e o Goiás, rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, virou o jogo, eliminando o Palmeiras da competição continental.
Ainda abalados com o inesperado tropeço, os jogadores saíram do Pacaembu cabisbaixos, mas cientes do que os derrubou: a pane aérea. Maurício Ramos, que passou a semana treinando para evitar o sucesso de Rafael Moura nesse tipo de lance, admitiu o fracasso.
– Sabíamos que o forte do Goiás era a bola aérea, mas eles jogaram no nosso erro e ganharam. Não poderíamos ter tomado o primeiro gol naquela hora, pois o primeiro tempo já estava acabando.
O goleiro Deola, “traído” pelo companheiro Tinga no lance do gol de empate (a bola desviou no volante após ser cabeceada por Carlos Alberto e impediu sua defesa), lamentou o azar, mas procurou não nomear os culpados.
– Cada um sabe onde errou, mas não considero falha. No primeiro gol, para mim, foi uma fatalidade, pois a bola bateu no Tinga e entrou. No segundo, foi mérito do Goiás, que trabalhou a jogada muito bem.
Arma palmeirense na bola parada, Marcos Assunção foi bem mais crítico do que o goleiro e, com todas as letras, assumiu os erros do time.
– Sabíamos que a jogada deles era essa, mas não fomos suficientemente capazes de pará-la. Tivemos oportunidades, mas não vencemos por erros nossos. Não voltamos como deveríamos no segundo tempo e não fomos capazes de parar o Goiás. O futebol é assim mesmo.
Até o técnico Felipão, em poucas palavras, admitiu que o “caos aéreo” foi o grande culpado pelo vexame palmeirense.
– Eles tinham um bom cabeceador no time para definir o jogo. Nós, não.