Calote de empresas tem maior queda desde 2004

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A inadimplência das empresas caiu 15,3% em abril, na comparação com março, segundo dados da empresa de análise de crédito Serasa Experian, divulgados nesta segunda-feira (31). Trata-se do maior recuo para um mês de abril desde 2004 – quando a retração foi de 15,1%.

 

Segundo as pesquisa, a queda reflete o efeito calendário (abril teve 3 dias úteis a menos que março) e o mercado interno aquecido, o que aumenta as receitas das empresas e diminui as dificuldades na hora de honrar compromissos.

Entre os itens que mais contribuíram para a redução estão a queda no volume de títulos protestados (-22,1%) e de cheques devolvidos por falta de fundos (-18,4%).

Entre janeiro e abril a queda na inadimplência das empresas foi de 9% na comparação com o mesmo período de 2009. Também nesta comparação foi a maior queda desde 2004, quando o recuo havia sido de 17,8% (em relação ao primeiro quadrimestre de 2003).

Na comparação entre abril deste ano e abril de 2009, a inadimplência das empresas registrou recuo de 6,5% – menor contração anual desde abril de 2004 – quando a queda foi de 22,2% sobre abril de 2003.

A Serasa destaca que 2004 “foi um período favorável para a economia brasileira”: o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) cresceu 5,7% e o crédito para empresas cresceu 16,6% com baixo nível de inadimplência (recuo de 19,4% sobre 2003).

Em relação ao ano passado a Serasa destacou o ritmo atual de crescimento da economia  apartir de abril do ano passado.

Porte

A queda mais acentuada em abril na comparação mensal foi entre as médias empresas (-18,7%), seguidas pelas pequenas (-15,3%); entre as grandes a queda foi de 7,9%. Na relação com abril de 2009, as quedas foraqm de 20,4%, nas médias; 17,5% nas grandes; e 5,4% nas pequenas.

– As empresas estão conseguindo se recuperar graças ao forte crescimento da economia brasileira, apoiado na demanda das famílias. A oferta de crédito às empresas ainda não se normalizou desde a crise financeira, de forma que o caixa, o capital próprio, tem sido determinante para a condução estratégica dos negócios.

A expectativa da Serasa é de que a inadimplência das empresas continue em queda por todo o segundo semestre.

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