Cacique do PPS, Freire insiste em apoio a Wilson Santos

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RAFAEL COSTA
DA REDAÇÃO

 

O dilema político do PPS de Mato Grosso, de apoiar Mauro Mendes (PSB) ou Wilson Santos (PSDB) ao Governo do Estado, pode chegar ao fim na sexta-feira (9). Nesse dia, o diretório nacional se reúne com as executivas estaduais, em Brasília, para discutir projetos políticos partidários com vistas à eleição majoritária de outubro.

Um dos itens da pauta é a consolidação, nos Estados, da aliança já existente na esfera nacional com PSDB e DEM. A data do encontro é considerada estratégica, uma vez que, no sábado (10), o ex-governador de São Paulo José Serra, lança oficialmente sua pré-candidatura a Presidência da República pelo PSDB, na Capital Federal.

Mesmo pregando cautela e descartando, neste momento, a possibilidade de intervenção, o presidente nacional da legenda, Roberto Freire, antecipou seu posicionamento a respeito da situação de Mato Grosso.

"Em nenhum Estado, o PPS vai servir de palanque hegemônico para a candidatura de Dilma Roussef. A única exceção que estão querendo construir é em Mato Grosso, o que não aceitamos", afirmou Freire, em entrevista exclusiva ao Midianews.

O dirigente partidário observou que o PPS pode apoiar candidaturas de outras legendas, desde que PSDB e DEM, parceiros no âmbito nacional, estejam envolvidos. "No Rio de Janeiro, estamos apoiando a candidatura ao Governo do deputado federal Fernando Gabeira, do PV. Lá, chegamos a um acordo com PSDB e DEM, de que Gabeira é a melhor opção. Estamos todos unidos e não há problemas", explicou.

Freire descartou que irá intervir, neste momento, em Mato Grosso, porém, mandou um recado aos dirigentes do partido. "Tem que ter a consciência de que estão apoiando um candidato que não tem afinidade com nosso projeto e que, por conta disso, estão sozinhos. Porém, ninguém está falando em intervenção, vamos dialogar", afirmou o dirigente socialista.

Cenário mato-grossense

O PPS está incorporado ao "Movimento Mato Grosso Muito Mais", que apoia a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao Palácio Paiaguás. O PSB integra a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora o deputado federal Ciro Gomes, que transferiu recentemente seu domicílio eleitoral para São Paulo, tenha manifestado sua vontade pessoal de concorrer à Presidência da República, a tendência é de que o PSB não leve adiante este projeto.

A legenda enfrenta, nacionalmente, dificuldade de firmar aliança que possa garantir palanques nos Estados e tempo para campanha eleitoral nos veículos de comunicação. Assim, o caminho natural é apoiar a candidata do PT, ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef

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