Brasil sentirá pouco os efeitos da crise na Grécia

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ReutersFoto por Reuters
Polícia e manifestantes se enfrentam em protesto em Atenas (Grécia) nesta quarta (5)

 
A Grécia voltou a parar. Trabalhadores saíram às ruas nesta quarta-feira (5) em meio a uma greve geral para protestar contra as medidas criadas para tirar o país da crise fiscal em que se encontra – resultado do endividamento público, que se aprofundou em razão da crise financeira mundial.

 

Os gregos reclamam do plano imposto pelo governo socialista do premiê do George Papandreou em troca de uma ajuda financeira da UE (União Europeia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional). O pacote de R$ 253 bilhões (110 bilhões de euros) serviria para o país aliviar seus débitos. Em troca da ajuda, o país terá de adotar ações duras para equilibrar suas contas, como cortes de salários e aumentos de impostos – e são essas medidas que estão levando os gregos a protestarem.

Os transportes estão parados; a maioria das escolas e administrações públicas amanheceram fechadas; bancos e grandes empresas do setor público funcionam com poucos funcionários e os hospitais garantem apenas os serviços de emergência. A greve inclui ainda a imprensa, com os serviços jornalísticos de rádios, TVs e jornais interrompidos.

 

 

Entenda a crise grega

 

O problema da Grécia surgiu porque a dívida grega é maior que seu próprio PIB (Produto Interno Bruto), a soma de tudo que um país produz. É a mesma situação que enfrenta um cidadão comum que já gastou todo o salário e recorre a todos os limites de cartão de crédito e de cheque especial: ele fica sem ter de onde tirar recursos para quitar todas as suas dívidas.

Em 2009, segundo estimativas, o país acumulou uma dívida de R$ 704 bilhões (300 bilhões de euros). Ou seja, fechou o ano devendo mais do que gerou de riquezas – em 2009, o PIB grego chegou a cerca de R$ 600 bilhões (255,3 bilhões de euros), segundo dados do CIA World Factbook (compilação de dados feita pela Agência Central de Inteligência dos EUA). A dívida pública de um país é composta pelos empréstimos tomados pelo governo que ainda precisam ser pagos.

Como membro da zona do euro, a Grécia vinha sendo cobrada para controlar suas finanças, mas continuou a emitir papéis de dívida e a se envolver mais em ganhos no mercado financeiro, apoiada na credibilidade da zona do euro junto a investidores estrangeiros.

FMI e UE

Com a crise que abalou a economia mundial, o país passou a enfrentar problemas para arrecadar impostos, uma vez que empresas começaram a quebrar, o desemprego aumentou e o consumo caiu. Com isso o chamado déficit (quando mais dinheiro sai do que entra na conta) no Orçamento do país cresceu, e a capacidade de pagar seus credores ficou comprometida.

Nesse cenário entram o FMI e a UE: o primeiro porque tem a missão de ajudar países com dificuldades de pagar suas dívidas, e o segundo para evitar que a crise se espalhe entre outros membros com situação financeira frágil e fortemente abalados pela crise global – como Portugal, Espanha e Irlanda.

Outro problema que a presença do FMI coloca é o efeito sobre a confiança dos investidores no país a ser ajudado: países nessa condição costumam ser vistos com cautela, o que resulta em cobranças de juros maiores em empréstimos, dificultando ainda mais a situação.


 

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