A Gazeta
O bloco da oposição, liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), enfrenta nova crise no grupo de possíveis aliados, desta vez com o DEM do senador Jayme Campos. O cronograma de visitas ao interior, deflagrado pelo PDT neste fim de semana para alavancar o projeto rumo ao governo do Estado, não conta com a participação dos principais líderes democratas.
O mal estar entre as agremiações surge novamente em razão da tentativa do PR de se reaproximar de Taques, sendo uma das alternativas avaliadas pelo mega empresário Eraí Maggi (PP), aventado para vice do pedetista.
Jayme negou os arranhões com o senador pedetista. “Não tem crise. Não fui acompanhar o grupo, com o senador Pedro Taques nas visitas aos municípios, porque eu já tinha uma agenda muito importante com outros compromissos do partido”, justificou. Fonte do DEM ligada à cúpula da agremiação assegura a existência do imbróglio, que também levou outros representantes da legenda, como o deputado federal Júlio Campos e o deputado estadual, Dilmar Dal’Bosco, a não integrar o movimento pró-Taques nesta fase de reuniões no interior.
A reaproximação do PR vem sendo analisada pelo secretário-geral do partido, deputado Emanuel Pinheiro, e não é descartada pelo presidente e candidato virtual ao Senado, Wellington Fagundes. Essa ideia se fortaleceu nos últimos dias, porque Eraí vê com simpatia um diálogo com o PDT. Essa proposta só seria validada se realmente o senador Blairo Maggi (PR) mantiver sua posição de não disputar o governo. Assim, Eraí tentaria cooptar seu apoio.
Ainda nesse contexto, o maior desafio seria confirmar a união entre PR e PDT, num palanque em que Taques é oposição ao PT, contrariando o compromisso de Maggi com o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Nesta semana, durante atividades congressistas, Jayme teria dado uma clara demonstração, em reunião informal com Taques e o presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão, de insatisfação com o estreitamento de laços com o PR. Teria dito em tom de recado que o DEM está muito a cavalheiro para pensar em “outros convites”. Ele se referia aos cortejos que partidos da base governista tem feito a sua sigla, como o PSD do vice-governador Chico Daltro, que é précandidato ao governo.