Blairo Maggi se exime de rombo de R$ 1,1 bi no Estado

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O senador Blairo Maggi (PR) eximiu seu governo (2002 a 2010) de qualquer responsabilidade em relação ao déficit de R$ 1,1 bilhão das contas públicas do Estado. 

Para tapar o "rombo", o governador Silval Barbosa (PMDB) anunciou um pacote de corte de gastos que inclui a demissão de servidores contratados e terceirizados e limitação nas contratações de fornecedores.

Nos bastidores, o comentário é que o "buraco" nas contas estaria relacionado a casos de corrupção do governo Maggi, como o "Escândalo dos Maquinários", que drenou R$ 44 milhões dos cofres públicos, e outros episódios ainda sob investigação, como o pagamento de precatórios, questionado pelo Ministério Público Estadual (MPE), e os supostos superfaturamentos em cartas de crédito.

Apesar disso, Maggi alega que não há "quebradeira" nas finanças do Palácio Paiaguás. E que a atual situação se deve, exclusivamente, à gestão feita por Silval Barbosa durante o ano passado.

"Entreguei o governo no dia 30 de março de 2010. Até esse dia minhas contas foram aprovadas pelos órgãos fiscalizadores sem nenhum problema. As contas de 2010 estão encerradas, liquidadas e sem nenhum problema. Agora, o problema referente a 2011 é culpa do que estava atrás? Dá licença, né!", declarou.

Maggi sustenta que, no período que governou Mato Grosso, também adotou política de contenção de gastos para alcançar o equilíbrio fiscal. "O Estado tem um orçamento finito e uma despesa infinita. Se não trabalhar com muita determinação, principalmente no início do mandato, fatalmente vai ter problema. O que o governador Silval Barbosa está fazendo nada mais é do que já fiz em duas ou três vezes ao longo do meu mandato no Executivo".

"O Estado não está quebrado e não tem dificuldade para honrar seus compromissos. Há uma dificuldade momentânea de caixa. Se não for feito o trabalho correto agora, vai chegar ao buraco no final do ano", disse.

Maggi ainda enalteceu supostos feitos de sua gestão e afirmou que auxiliou o Estado a recuperar o poder de investimentos.

"Conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Mato Grosso é um dos poucos Estados que reduziu sua dívida nos últimos 8 anos. Quando assumi, para cada R$ 1 real com possibilidade de arrecadado, o Estado devia R$ 2. Hoje, para cada R$ 1 real arrecadado se deve R$ 0,4 centavos".

O republicano citou ainda que as obras da Copa do Mundo só são viáveis em Cuiabá graças à capacidade de endividamento que é reconhecida por organismos do governo federal.

"A situação do Estado melhorou tanto que nos últimos anos pôde tomar dinheiro emprestado da União. A Arena Pantanal recebe recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) porque a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) observa as contas do Estado minuciosamente para liberar qualquer empréstimo. Se nada estiver saudável, não existe liberação". 

A reestruturação da dívida do Estado que pode gerar economia anual de R$ 500 milhões aos cofres públicos também foi lembrada por Maggi como um dos feitos de sua gestão.

"O Estado está conseguindo tomar dinheiro emprestado para rescalonar sua dívida a juros praticamente pela metade do que está pagando para a Secretaria do Tesouro Nacional. Em 7 anos pode gerar uma economia de até R$ 2,5 bilhões. Essas conquistas ocorrem porque o Estado está líquido. Se alguém estivesse com dificuldade o banco não emprestaria dinheiro. A minha defesa é feita pela própria história", disse.

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