Bezerra mostra sua força no Estado

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Após duas décadas longe do poder, o PMDB de Carlos Bezerra volta a mostrar sua força no Estado. O governador Silval Barbosa (PMDB), que assumiu o posto definitivamente após a renúncia de Blairo Maggi (PR), hoje senador, em março do ano passado, obteve vitória nas urnas logo no primeiro turno das eleições gerais de 2010. Todas as decisões, porém, passam pelas mãos do cacique peemedebista, que não esconde sua influência em Mato Grosso. Bezerra, que conquistou a reeleição na Câmara Federal, já ocupou também os cargos de prefeito de Rondonópolis por dois mandatos, senador, governador e deputado estadual.

   Mostra sua força na administração Silval articulando para que seus aliados assumam cargos no primeiro escalão. Um exemplo claro disso é o caso de sua esposa, Teté Bezerra, que foi eleita para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, mas, por influência do marido, hoje comanda a pasta de Turismo no Estado. Nico Baracat também se deu bem às custas das articulações do peemedebista. Assumiu a recém-criada secretaria estadual de Cidades. Isso lhe dá, com o carimbo de nunca ter mudado de partido, amplos poderes de mando no Estado e na cúpula nacional, onde tem ele plena confiança do vice-presidente da República Michel Temer.

   A influência de Bezerra não para por aí. Mostra também que dá seus "pitacos" nas administrações de diversas cidades do Estado. Elegeu Juarez Costa, em Sinop, e Zé do Pátio em 2008 para comandar Rondonópolis, terceiro maior município mato-grossense, e já cogita lançar candidatos às prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande no pleito de 2012. Em VG, o PMDB estaria assediando o vice-prefeito Tião da Zaeli (PR), que não esconde seu descontantamento com Murilo Domingos e até mesmo com membros de sua sigla. Assim, o PMDB fala em candidaturas nas maiores cidades de Mato Grosso numa tentativa de pegar carona no bom momento que vive com a eleição de Silval.

   As eleições para o comando dos diretórios municipais também passam pelas mãos do cacique peemedebista. Ele é quem dá a "última palavra" nestes casos, ou seja, sem o aval de Bezerra, ninguém coloca as mãos na direção do partido nas cidades.

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