Maiores líderes de seus respectivos partidos, o senador Blairo Maggi (PR) e o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) defendem que os parlamentares estaduais das duas legendas adotem postura independente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Juntos, os partidos somam oito deputados estaduais na Casa de Leis, sendo cinco deles do PR, a maior bancada partidária.
O senador republicano destaca que os deputados do PR estão livres tanto para apoiar o governo quanto fazer oposição, conforme lhes for necessário. A postura partidária foi tomada em conjunto com o presidente da sigla, senador Wellington Fagundes.
A despeito das críticas que a gestão do PMDB, sob Silval Barbosa, sofre constantemente do atual governo, sob Pedro Taques (PDT), e até mesmo na Assembleia, o presidente regional dos peemedebistas também defende que os parlamentares sejam independentes, votando e atuando de acordo como acharem devido. A defesa de Silval, para Bezerra, cabe principalmente a ele próprio.
“O primeiro que tem que se defender é o próprio Silval, parece-me que ele já tem feito isso. Ficou quieto durante muito tempo, mas já começou a falar. Só depois é os outros poderão acompanhá-lo e defendê-lo. O PMDB é um grande partido, tem muito serviço ao Estado. Se um ou outro do quadro se equivocou aqui ou alí o partido não pode responder por isso. Não pode ser confundido”, disse Bezerra ao assegurar que os parlamentares do seu partido manteriam posição de independência.
Na Assembleia, o deputado estadual Emanuel Pinheiro é o republicano mais independente, com críticas ao governo e objeções aos projetos do Executivo. Os demais deputados do PR, no entanto, já aderiram à base governista, com exceção de Mauro Savi, que cogitou inclusive deixar a sigla após ser preterido internamente na disputa pela Mesa Diretora no início do ano.
Wagner Ramos (PR), por sua vez, já se declarou da base, lembrando que possui demandas para sua região e não gostaria de ser oposição. Ele acredita que os parlamentares oposicionistas podem enfrentar dificuldades com o governo. De fato, Pedro Taques admitiu ter exonerado pessoas indicadas por Emanuel Pinheiro, devido a postura que o republicano adotou em relação a sua gestão.