A quadrilha que trocou tiros com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), interceptou um carro-forte da Brinks Segurança, explodiu o cofre e roubou todo odinheiro, estava preparada para derrubar até um avião, caso fosse necessário.
Utilizando armas de grosso calibre, como uma metralhadora ponto 50 – arma de alcance antiaéreo, que pode facilmente derrubar aeronaves – e pistolas 7,62 e 5,56, os assaltantes mostraram que estão dispostos a enfrentar todo tipo de perigo para conseguir praticar os assaltos.
O roubo ao carro-forte, ocorrido no final da manhã de terça-feira (4), na rodovia BR-163, na região de Diamantino (208 km a Médio-Norte de Cuiabá), chamou a atenção pelo excesso de violência e elevado poder de fogo dos bandidos.
Além do armamento de guerra, a quadrilha utilizou explosivos para abrir o cofre e levar os malotes, que continham cerca de R$ 200 mil.
O dinheiro seria transportado até uma agência bancária do município de São José do Rio Claro (315 km ao Norte da Capital).
Embora restrito das Forças Armadas, o armamento usado pela quadrilha é mesmo utilizado pelos chefões que controlam o tráfico e o contrabando, sobretudo, nas favelas do Rio de Janeiro.
O confronto da manhã de ontem é uma demonstração que membros do PCC e de outras facções criminosas possuem braços atuantes no interior de Mato Grosso, conforme apurou MidiaNews.
Logo após provocar terror na rodovia, o bando fugiu e se embrenhou na mata fechada. O veículo WW Golf, que foi usado na ação criminosa, foi queimado nas margens da BR-364.
Policiais rodoviários encontraram o veículo, produto de um furto, ainda em chamas.
O bando seguiu a fuga em outro veículo, ainda não identificado. Até o momento, é incerto o paradeiro dos assaltantes.
Terror nas rodovias
PRF |
Golf usado do assalto foi queimado |
No dia 1º de junho deste ano, outro carro-forte, também da empresa Brinks foi assaltado. Sete homens explodiram e roubaram o veículo na BR-364, também próximo a Diamantino.
Os bandidos, que estavam em uma caminhonete, perseguiram e atiraram contra o carro-forte.
Os ladrões desceram da caminhonete armados com fuzis e renderam os seguranças. Na sequência, explodiram o cofre e fugiram levando malotes.
A caminhonete, com placa de Rondônia, foi abandonada ainda no local do crime.
Retorno do Novo Cangaço
Na semana passada, oficiais da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), da Polícia Civil, alertaram sobre o perigo do retorno dos assaltos na modalidade “Novo Cangaço”.
O delegado titular da Gerência, Flávio Stringueta, disse que é possível que os assaltos voltem a acontecer, já que parte de uma quadrilha presa pela GCCO escapou na fuga da PCE (Penitenciária Central do Estado), na madrugada do último dia 20.
Entre os 35 fugitivos da unidade prisional estão Silvio Cézar Araújo, o "Cabelo de Bruxa", e Sérgio Nunes da Silva, o "Lacraia". Os dois foram presos pela própria Gerência, em março de 2011.
Existe a suspeita que a fuga da PCE tenha custado R$ 500 mil aos assaltantes Sílvio e Sérgio. Eles são apontados como líderes de ação criminosa e, segundo informações, embarcaram em uma aeronave, num aeroporto clandestino.
A GCCO acredita que os fugitivos podem tentar recuperar o dinheiro investido na fuga.