BALANÇO Silval diz que gestão do PMDB deixou ‘marcas’

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Sissy Cambuim,/A Gazeta

Iniciado o processo eleitoral que escolherá seu sucessor, o governador Silval Barbosa (PMDB) conta com duas candidaturas em sua base de sustentação, a do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e a do deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), tendo como principais opositores à sua gestão os postulantes ao comando do Palácio Paiaguás, senador Pedro Taques (PDT) e o advogado José Roberto (Psol), enquanto o candidato ao Governo pelo PHS, José Marcondes Muvuca, deve transitar entre as duas linhas.

Apesar do embate equilibrado entre oposição e situação, o peemedebista acredita que a campanha será pautada pelo fortalecimento da saúde, educação, turismo e verticalização da produção. Sem um candidato a sucessão pelo seu partido, ele acredita que a gestão peemedebista deixou muitas marcas no Governo de Mato Grosso. “Trabalhamos vários programas importantes, como o MT Integrado, o fortalecimento da educação, especialmente no transporte escolar, em que renovamos quase toda a frota, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e o saneamento básico nos municípios, além da transformação da região metropolitana com a execução da melhor Copa do Mundo, que foi na nossa sede. São várias marcas, não vou me prender em uma só e tenho certeza que isso será explorado na campanha”, destacou.

Apesar do sucesso da realização dos jogos da Copa em Cuiabá, cuja Arena Pantanal foi destacada nacionalmente como o melhor estádio entre as cidades-sede do Brasil e ainda, a percepção positiva dos turistas que aqui estiveram, situação que inclusive já vem sendo usada em alguns discursos políticos, Silval acredita que o Mundial não servirá de cabo eleitoral para os candidatos e sim, como um item a mais a ser discutido tendo em vista as transformações que estão ocorrendo na região metropolitana. “Mas isso é só uma parte do que está acontecendo em Mato Grosso”, ressalvou. Ele também destaca como outro item marcante de seu governo a valorização dos servidores públicos, não apenas na questão da carreira, mas com qualificação do funcionalismo.

COPA DO MUNDO – Cuiabá foi anunciada como sede do Mundial da Fifa ainda na gestão Blairo Maggi (PR), quando Silval era vice-governador, no entanto, foi sobre o peemedebista que recaíram todas as críticas durante o período que antecedeu a realização nos jogos na Capital.

A maioria das grandes obras estruturantes lançadas em função da demanda prevista pelo evento permanecem em construção, como as trincheiras na avenida Miguel Sutil, o aeroporto Marechal Rondon e o Centro Oficial de Treinamento (COT), ambos em Várzea Grande e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), situação que demandará ao próximo governador empenho para a conclusão das obras, em que pese já estarem com os recursos devidamente contratados.

No entanto, o sentimento da população, não só em Mato Grosso, mas em todo o Brasil, após a Copa, substituiu um pouco da revolta em razão das obras inacabadas pela euforia e satisfação com o sucesso do evento, principalmente em Cuiabá. Assim, Silval avalia que foram muitos os legados deixados pela realização do Mundial da Fifa no Estado. “Não só na infraestrutura urbana, mas também os investimentos que houve na área de Segurança Pública, a qualificação de pessoas oportunidade que criamos a elas”, argumenta.

Marcus Vaillant

Governador Silval Barbosa (PMDB)
Contudo, ele faz um destaque especial para a participação da população na realização do evento. “Deixamos um legado importante sobre como receber as pessoas. Nossa população superou tudo e surpreendeu a todos. Encantaram mais de 80 mil turistas que passaram por aqui. Isso, para mim, é o maior legado, a maior conquista e que vamos colher benefícios, resultados positivos por muitos anos”, ressaltou.

Para o governador, nunca houve dúvidas quanto ao sucesso de Mato Grosso na Copa. “Eu acreditava muito no que estava fazendo, porque as pessoas não estavam preparadas para a transformação que fizemos e estamos fazendo na região metropolitana e ainda há muitas coisas por vir. Então, quando você mexe na zona de conforto das pessoas, realmente incomoda, mas na medida que vamos mostrando que estávamos mexendo na cidade para melhorar o dia-a-dia da nossa trafegabilidade, as pessoas começam a entender que valeram a pena todos esses transtornos”, explica. O peemedebista reconhece, no entanto, que gostaria de ter feito as obras com maior agilidade, mas pondera que enfrentou dificuldades com os projetos, com a liberação dos recursos na hora que mais precisava e, também, em função do período chuvoso atípico deste ano. “Fou uma verdadeira superação para mim”, avaliou.

DÍVIDAS DA COPA – Silval faz questão de tranquilizar os candidatos à sua sucessão quanto à situação financeira do Estado. Apesar da alta cifra de recursos contratados diante do volumoso número de obras de intervenção urbana, ele argumenta que o futuro governador de Mato Grosso pagará menos dívidas por ano do que ele. “Comecei a pagar em 2010 uma média de R$ 1,1 bilhão por ano. Em 2013, foram R$ 647 milhões e daqui para frente será essa média de menos de R$ 700 milhões anuais e com uma receita crescente”, destacou.

De acordo com ele, com menos da metade do orçamento do Estado, é possível quitar toda a dívida de Mato Grosso, enquanto há 10 anos eram necessários três orçamentos para pagar o saldo devedor. “Quer dizer, evoluímos e saneamos o Governo com a renegociação das dívidas que eu fiz”.

PARTICIPAÇÃO DO PMDB – Atualmente, além do governo, o PMDB conta com a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), sob o comando do deputado estadual Romoaldo Junior, tornando-se uma das maiores forças partidárias do Estado. No entanto, para estas eleições, na disputa majoritária, indicou a deputada estadual Teté Bezerra como candidata a vice-governadora na chapa de Lúdio, depois de fracassar na tentativa de emplacar o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva como candidato ao Executivo Estadual.

Durante a fase inicial do processo eleitoral, o partido foi cobrado pela cúpula nacional por não conseguir fazer frente à força política do antecessor de Silval, o senador Blairo Maggi (PR), e tinha a missão de sair das eleições de outubro fortalecido. Diante da situação, o governador avalia que a política só é dinâmica se a democracia for exercida.

“Se eu tenho algumas marcas foram esses partidos que estão aí que ajudaram a construir, quem está na cabeça, é só por um momento. Temos o Lúdio que é do PT da presidente Dilma Rousseff que ajudou e está ajudando a construir Mato Grosso, então vamos ajudá-lo para que ele continue avançando nas melhorias”, concluiu.

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