Aumento da renda do trabalhador eleva consumo de cerveja do brasileiro

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Copa pode significar ainda um “13º mês” nas vendas deste ano

 
A temperatura favorável e o aumento de renda das classes C, D e E deverão contribuir para elevar o consumo de cerveja no Brasil neste ano. Estimativa do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja) aponta para um aumento de 10% a 12%.

 

No ano passado, o consumo nacional de cerveja cresceu 10,9%, contra 10,4% no ano anterior, apesar da crise econômica internacional. O mercado somou 10,91 bilhões de litros de cerveja fabricados e comercializados em todo o país, gerando um faturamento bruto de R$ 31 bilhões em 2009.

A Copa pode significar ainda um “13º mês” nas vendas deste ano. Normalmente, os meses de dezembro e janeiro concentram 10% das vendas, devido ao verão no hemisfério sul. O superintendente do Sindicerv, Enio Rodrigues, explica o que deve ocorrer neste ano de Mundial.

– Com a Copa, é como se tivéssemos um mês a mais de verão no ano. Em junho, o esperado é cerca de 6% a 7% do consumo anual, mas agora, com a Copa, há uma projeção de que o ano terminará com crescimento de 7% a 10% das vendas de cerveja, quando o ritmo de crescimento tem sido de cerca de 5% ao ano do mercado nacional.

O consumo brasileiro de cerveja ainda é muito menor que o de países onde essa cultura já é uma tradição. É o caso da Alemanha, por exemplo, onde a primeira cervejaria tem mil anos de criação.

 

Entre os alemães, o consumo per capita (por habitante) está em torno de 120 litros/ano, de acordo com o Sindicerv. Na República Checa, o consumo por pessoa supera 150 litros anuais e no Brasil ainda não alcançou 60 litros por ano.

 

O especialista José Gonçalves, coordenador da área de educação do Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas de Vassouras (RJ), do Senai – única escola que forma cervejeiros no Brasil e é referência para a América Latina –, disse que mesmo na América Latina, o consumo brasileiro de cerveja é suplantado pelo de países como a Colômbia e a Venezuela, de 70 litros por pessoa no ano.

– No mínimo, o Brasil deveria estar equiparado a esses países.

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