Aumenta casos de asma com a seca e baixa umidade

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A asma é o causador número um de atendimentos e internações no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), onde de cada 100 crianças atendidas, com idade entre zero e cinco anos, estão com a doença. A posição geográfica o Estado, e a seca comum nesta época do ano, agravam o quadro.

Isso porque a baixa umidade relativa do ar, a poeira e o mofo, além do fato de as pessoas permanecerem mais tempo em ambientes fechados, aumentando a exposição aos fatores desencadeantes, contribuem para o surgimento da patologia. Além do mais, as características geográficas de Cuiabá criam alta concentração de agentes poluentes que podem irritar a mucosa nasal e desencadear processo inflamatório das vias aéreas.

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo. Apenas no Brasil, ocorrem anualmente cerca de 350 mil internações em decorrência da enfermidade, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Além disso, a doença é a quarta maior causa de internação no País, sendo a terceira maior causa de hospitalizações entre crianças e adultos jovens.

Caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas, a asma provoca um estreitamento reversível dessas vias, levando à limitação variável da passagem do ar e atingindo indivíduos de todas as faixas etárias. “Aproximadamente um terço de todos os pacientes asmáticos possui pelo menos um familiar com a doença e/ou outro tipo de alergia”, afirma Dr. Clovis Cechinel, clínico geral do Laboratório Cedic Cedilab.

É preciso ficar atento, pois se não for tratada de forma adequada esta doença pode levar à morte. No mundo, estima-se que a asma seja responsável por 250 mil óbitos anuais, sendo que no Brasil essa taxa é de, aproximadamente, duas mil por ano. “Apesar de não ter cura, quando o paciente é acompanhado por um especialista, o controle da doença pode ser alcançado e os sintomas desaparecerem por meses ou até anos”, comenta o médico.

Conheça o diagnóstico- Dr. Clóvis lembra que ao perceber sintomas respiratórios, como tosse, cansaço ou falta de ar deve procurar um médico. Ele acrescenta que os sinais variam muito entre as pessoas, podendo ser desde leves até graves. “O tratamento da asma é focado no controle ambiental, na terapia farmacológica e na imunoterapia, indicado pelo médico de acordo com o quadro clínico do paciente. A pessoa diagnosticada com a patologia deve evitar contato com os fatores já sabidamente capazes de desencadear a doença”, adverte.

Além disso, o médico deve avaliar a história clínica do paciente, submete-lo a um teste físico e a exames complementares, que normalmente são a prova de função pulmonar, para avaliar a existência e o grau de obstrução das vias aéreas, a radiografia de tórax e o teste cutâneo para avaliação da resposta alérgica.

Para muitos pacientes, a medicação deve ser administrada diariamente, com a finalidade de controlar os sintomas, melhorar a função pulmonar e prevenir crises. Medicamentos também podem ser necessários para aliviar sintomas agudos, tais como sibilos, opressão torácica e tosse.

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