Atirador afirma que recebeu dinheiro de viúva no dia da execução

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Vitória Lopes/GD

O réu Igor Espinosa, durante oitiva na quinta-feira (24), afirmou que se encontrou com Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, no mesmo dia em que matou a tiros o marido dela, Toni Flor. O empresário foi assassinado em agosto de 2020, em frente à academia em que treinava, em Cuiabá.

 

As oitivas do caso Toni Flor seguem para o terceiro dia, conduzidas pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miraglia.


Conforme detalhes do atirador, uma ponte foi criada entre ele e Ana. Primeiro, ele foi procurado pelo colega Wellington, que por sua vez, foi acionado pela manicure Ediane. Amiga de Ana, a manicure disse que a empresária estava sofrendo agressões do marido e que “tinha um trabalho pra ele”.


De acordo com Igor, ele não aceitava violência contra a mulher, além de estar com dívidas também. Ana então teria ligado por meio do aplicativo WhatsApp, afirmando que queria matar o marido, dizendo que sofria ameaças dele.


Em seguida, mostrou das agressões, com olho roxo e hematomas. O combinado foi de R$ 60 mil, mas ela não teria como pagar um adiantamento. Mesmo assim, Igor aceitou o serviço. Ana repassou os horários e a localização da academia de Toni, avisando ainda quando ele sairia de casa para Igor “ficar na ativa”.


O homem seguiu o combinado e esperou por Toni naquela manhã. Ao avistar o carro do empresário, abordou a vítima e disse “perdeu, perdeu”, efetuando os disparos em seguida. “Ele caiu gritando, montei na moto e corri”, relembra.


Igor nega ter falado o nome de um policial durante a abordagem. Quando foi socorrido, Toni disse ao seu treinador, que o levou para o hospital, que poderia ter sido confundido com outro aluno da academia, que era policial.


Pela noite, Igor se encontrou com Ana em uma praça, perto da casa dela. No local, a empresária entregou R$ 20 mil, em nota de R$ 50 e R$ 100. Ele pegou o dinheiro e fugiu para o Rio de Janeiro, onde ficou por 5 meses. “Ela disse some e fica de boa que eu dou conta aqui”.


Ainda de acordo com o depoimento do réu, ele tinha medo de Ana. “Se ela foi capaz de mandar matar o próprio marido, ela não ia fazer alguma coisa comigo? Ela tem três filhos com o cara”, alega.


Antes de ser preso, ele aponta também que foi vítima de um atentado dentro de uma igreja. Ele desconfia que a empresária pode estar envolvida.

 

O caso
Toni Flor foi morto a tiros quando chegava para treinar pela manhã na academia, em Cuiabá. O caso foi registrado em agosto de 2020, sendo que a viúva do empresário é a principal suspeita de encomendar o assassinato.

 

O primeiro preso, Igor Espinosa, deu detalhes de como executou a vítima, incluindo como fez a negociação com Ana Claudia.

 

Ele estava sentado no meio-fio da academia, no bairro Santa Marta, quando abordou o empresário dizendo “perdeu”. Em seguida, disparou 5 vezes contra a vítima.

 

Depois fez uma videochamada com Ana Claudia e mais dois intermediadores. O acordo era R$ 60 mil, distribuídos em R$ 20 mil para cada um dos envolvidos no crime.

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EPISÓDIO 1

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