Articulações políticas seguem em fase de diálogo entre siglas

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Lis Ramalho e Marianna /GD
foto-CHICO FERREIRA

Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) firmam entendimento de que irão andar juntos em 2014, mas o PR admite diálogo com Pedro Taques
 
 

O deputado federal Wellington Fagundes (PR), não descarta a possibilidade de aproximação do senador Pedro Taques (PDT), possível candidato ao Governo do Estado. O republicano que almeja disputar uma vaga no Senado Federal, em entrevista ao jornal do Meio Dia, da TV Record, nesta terça-feira disse que o “futuro a Deus pertence”.

Questionado sobre as conversas diretas com Taques, o republicano desconversou e disse ser natural, uma vez que ambos estão sempre em Brasília. “São conversas de um parlamentar para o outro. Mas antes de dialogar sobre coligações, vamos construir harmonia interna dentro do PR, pois temos lideranças consistentes que podem nos ajudar a formar uma aliança forte para Mato Grosso. Não seremos individualistas, vamos conversar com todos os partidos e construir um projeto bom para o Estado”, disse.

Cauteloso sobre o assunto, Wellington falou ainda que primeiro visa o fortalecimento da sigla, para em um segundo momento pensar em coligação. “Quero disputar uma vaga no Senado contando minha experiência como deputado, e claro, construindo isso com o meu partido. Mas não seremos individualistas e dizer que não aceitamos conversar com outros partidos. Mas primeiro vamos fortalecer o PR, para que possamos agregar novos partidos conosco”, ressaltou.

As declarações de Fagundes, que é presidente estadual do PR, abrem brecha para conjecturas sobre uma eventual aproximação com Taques, cujo discurso é eminentemente oposicionista ao governo Silval Barbosa (PMDB) e com isto, visualiza-se um possível rompimento entre a base governista.

Neste imbróglio político, em que todos os partidos confirmam diálogos institucionais, até o PMDB, sob comando do deputado federal Carlos Bezerra, também admitiu conversas com o PDT.

O senador Blairo Maggi, maior liderança política do PR, já declarou à imprensa, ser “simpático” ao projeto de Taques, para encabeçar a majoritária na disputa pelo governo do Estado.

Divulgação
Senador Pedro Taques é candidato virtual ao governo

Mesmo com a perspectiva de união, tendo em vista que o PR caminhou ao lado do PDT e PSB nas eleições municipais de 2012, última reunião da alta cúpula do PR e do PMDB, firmaram entendimento de que irão caminhar juntos em 2014.

PR e PMDB estão intrinsecamente conectados pelas gestões de Maggi e Silval Barbosa, o que torna difícil separar o joio do trigo, devido ao desgaste contínuo da gestão peemedebista, com atraso nas obras da Copa do Mundo e desestrutura no setor da saúde. 

Em um cenário indefinido, em que não despontam fortes nomes para disputar o governo da base governista, o nome de Taques vem crescendo sendo o único ventilado como real possibilidade por parte da oposição.

Mesmo assim, a base governista ainda não encontrou o nome ideal para o embate, sendo que o primo de Blairo, empresário do agronegócio Eraí Maggi (PP) se colocou a disposição para disputar o governo e o juiz federal Julier Sebastião da Silva, figuram como possibilidades, que parecem remotas enquanto vai se costurando as articulações para as eleições.

Com isto, a base governista deve no próximo ano, com a proximidade das convenções em junho, anunciar como candidato ao governo, o senador Blairo Maggi, que já reiterou diversas vezes que não disputará eleições em 2014, mas que se não o fizer, pode abrir espaço para a oposição assumir o comando de Mato Grosso.

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