A Justiça Federal negou pedido formulado pelos advogados do ex-secretário de Estado Eder Moraes, que tentava reunir em um único processo todas as cinco denúncias já apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) contra ele frutos da operação Ararath. Um recurso da decisão deve ser protocolado, mas só após o dia 13, quando a segunda audiência oriunda destas ações no mês será realizada.
Na primeira audiência, marcada para esta sexta-feira (6), devem ser ouvidas as testemunhas do processo que envolvia o ex-secretário e o empresário José Geraldo Saboia de Campos, que teve a denúncia contra si extinta porque teria aceitado colaborar com as investigações. Já a segunda audiência vai tratar da ação em que Eder é réu junto com os advogados Kleber e Alex Tocantins Matos. Em ambos os casos, a defesa do ex-secretário deve requerer provas periciais.
Conforme o advogado de Eder, Ronan Oliveira, a intenção dos pedidos é demonstrar que os pagamentos feitos pelo governo do Estado e que são alvos das suspeitas do MPF não foram realizados por Eder, secretário de Fazenda à época dos fatos, mas pelo titular da secretaria responsável pelas obras em questão, o já falecido Vilceu Marchetti, que comandou a secretaria de Infraestrutura durante o governo Blairo Maggi (PR).
Nos 2 processos, Eder é acusado de participar de um esquema que superfaturava dívidas antigas do governo com empreiteiras para desviar o percentual pago a mais, que passava a ficar à disposição de um grupo político que incluía Eder, Maggi e o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As transações contavam com o auxílio do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, que relatou as irregularidades ao MPF após um acordo de delação premiada. As informações são da repórter Laura Nabuco, do jornal A Gazeta.