Após reunião, PSC decide manter Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos

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Deputado é “ficha limpa” e “tem todas prerrogativas para estar na presidência”, diz partido 

Marina Marquez,  em Brasília

José Cruz/13.03.2013/ABrFeliciano continua na presidência porque é “ficha limpa”, segundo o partido

Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), dar um ultimato para o PSC encontrar uma solução para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, o partido anunciou nesta terça-feira (26) que Marco Feliciano (PSC-SP) vai continuar na presidência do órgão.  

Na última semana, Feliciano enfrentou mais manifestações contrárias à sua permanência no comando da comissão e até abandonou uma sessão porque se irritou com os protestos. Mesmo assim, o vice-presidente nacional do PSC, pastor Everaldo Pereira, informou hoje que Feliciano não vai renunciar.  

— O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido. Avaliza e repito: não abre mão da indicação feita.  


Pereira lembrou que o deputado Marco Feliciano “foi eleito pela maioria dos membros da comissão” e que não tem antecedentes que o comprometem para explicar uma eventual renúncia.  

— Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo todas as prerrogativas para estar na presidência da comissão de Direitos Humanos e Minorias.  

 

Antes da reunião, Feliciano chegou sorridente ao encontro e, questionado se hoje era o “Dia do Fico”, o deputado respondeu com ironia.

— É só olhar no meu rosto.

O líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), afirmou antes do encontro que a solução poderia não sair hoje por conta da “pressão”.

— Na base da pressão podemos não resolver isso hoje. 

Compreensão

Pereira pediu a compreensão e respeito dos líderes de outros partidos e lembrou o apoio à presidente Dilma Rousseff nas eleições, “mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto”.  

— O PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la, por pensar diferente de nós. O PSC é um partido que não segrega, não exclui, não discrimina ninguém. Marco Feliciano não é racista, nem homofóbico, entendemos assim. O PSC e os seus representantes não são racistas, nem homofóbicos, não discriminamos ninguém.   


O vice-presidente do partido disse ainda que espera uma ação respeitosa das pessoas que têm ideias divergentes porque “democracia não é grito, nem ditadura”.   

— Respeitamos e queremos que nos respeitem. Um exemplo disso é que a presidente Dilma colocou na Secretaria de Políticas para as Mulheres a senhora Eleonora Menicucci, que defende o aborto. Nós protestamos, mas não fomos lá xingar a ministra. Protestamos porque temos o direito de expor nossa opinião, mas respeitosamente.   

Silêncio

Feliciano deixou a reunião pouco depois dos líderes do partido e não quis dar entrevista. Na próxima quarta-feira (27) a Comissão de Direitos Humanos se reúne novamente, às 14h. 

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