Os investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso decidiram, em assembleia-geral, no final da manhã deste sábado (3), voltar a manter 30% do efetivo, nas delegacias, em Cuabá e no interior do Estado. A decisão começa a valer a partir da tarde de hoje.
O presidente do Sindicato dos Investigadores do Estado, Clédison Gonçalves da Silva, afirmou que a greve vai continuar, até que o Governo resolva atender às reivindicações das duas categorias.
Os policiais estão de braços cruzados há mais de dois meses – neste sábado, faz 64 que ele mantêm o movimento -, lutando porr melhores salários. Na sexta-feira (2), eles paralisaram as atividades integralmente, em todo o Estado, por 24 horas.
Ontem, o governador Silval Barbosa (PMDB) se reuniu com a cúpula da Segurança Pública e anunciou medidas consideradas drásticas, como corte dos salários dos policiais. Foram editadas três portarias para assegurar os serviços essenciais de segurança e tentar preservar a ordem pública.
Naquinta-feira (1º), os investigadores e escrivães rejeitaram a proposta do Governo do Estado e decidiram em assembleia paralisar 100% das atividades. Pela proposta, os policiais receberiam R$ 3.900 até o fim de 2014, a partir de um reajuste progressivo anual que começaria em 2011. Investigadores e escrivães buscam aumentar os salários dos atuais R$ 2.365 para cerca de R$ 6 mil iniciais, mesmo valor pago aos peritos criminais.