Após encostar em R$2,51, dólar perde força e fecha com alta de 0,28%

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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira pelo terceiro pregão consecutivo, mas longe das máximas da sessão, quando encostou em 2,51 reais, impulsionado pela decepção com o resultado das pesquisas do Datafolha e do Ibope e pelo mau humor nos mercados internacionais.

Logo após a abertura, a divisa chegou a subir mais de 2 por cento, mas o avanço foi perdendo força em um movimento de ajuste, desencadeado por uma rodada de dados positivos sobre os Estados Unidos e por declarações do presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard.

O dólar avançou 0,28 por cento, a 2,4645 reais na venda. Na máxima da sessão, a divisa subiu mais de 2 por cento e alcançou 2,5072 reais logo após a abertura, maior nível intradia desde 3 de outubro, último pregão antes do primeiro turno das eleições presidenciais.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão dólares. Nas últimas três sessões, a moeda dos EUA acumulou alta de 3 por cento.

“O mercado estava fazendo apostas grandes demais numa vitória do Aécio. As pesquisas mostram que não vai ser tão fácil assim”, disse o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

Tanto na pesquisa do Datafolha quanto na do Ibope, divulgadas na noite passada, Aécio tem 51 por cento dos votos válidos, contra 49 por cento da presidente Dilma Rousseff (PT), mesmo resultado dos levantamentos da última semana. Também azedava o humor do mercado o fato de a rejeição sobre o tucano –preferido dos mercados financeiros por prometer uma política econômica mais ortodoxa– ter subido.

O movimento de alta da moeda norte-americana também foi sustentado pelas declarações do ex-presidente do BC Armínio Fraga –já anunciado como ministro da Fazenda caso Aécio vença as eleições– à Reuters na véspera, de que num eventual governo tucano o atual programa de intervenções de câmbio seria encerrado imediatamente.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,2 mil contratos para 1º de junho e 800 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,6 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 53 por cento do lote total, equivalente a 8,84 bilhões de dólares.

EXTERIOR

A pressão sobre o dólar nesta sessão também vinha das persistentes preocupações com o crescimento global, que sustentavam a alta da divisa norte-americana em relação a várias moedas importantes, como o euro e o peso chileno.

Mas o constante mau humor no cenário externo ganhou algum refresco diante de uma nova rodada de números positivos sobre a economia norte-americana e após o presidente do Fed de St. Louis, Bullard, afirmar que o banco central norte-americano pode considerar manter suas compras de títulos para estimular a economia.

“O mercado externo melhorou um pouco ao longo do dia, o que arrefeceu um pouco os ânimos aqui. Mas eu apostaria que é mais um alívio temporário do que uma mudança de cenário”, disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

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