Da Redação – Jardel P. Arruda
O modelo de administração da saúde pública estadual através das Organizações Sociais de Saúde (OSS) já foi praticamente unanimidade entre os deputados estaduais, principalmente quando eles precisaram votar a favor do modelo pela sua implantação. Contudo, o tempo passou e os parlamentares começam a criticar o modelo e a se esquiva da responsabilidade de ter ajudado a implantá-lo.
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“Eu sempre achei que esse modelo ia dar errado, mas por uma questão de dar um voto de confiança ao governador (Silval Barbosa, PMSB) votei a favor desse modelo”, disse o deputado José Riva, presidente da Assembleia Legislativa durante a sabatina ao secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, na tarde de terça-feira (30), para depois tecer duras críticas.
“O governo não paga as OSS e elas estão aí deixando os hospitais em frangalhos. Não dá certo. Depois que implantou esse modelo tudo piorou e a filas aumentaram”, criticou. Contudo, José Riva foi um dos principais articuladores dentro daquela Casa de Leis para aprovação do projeto.
Outro deputado que aproveitou o ensejo para criticar o modelo de gestão da Saúde foi Ademir Brunetto (PT), parlamentar responsável pela relatoria do projeto do modelo da Saúde por OSS. “Eu nunca gostei desse modelo, mas fui convencido pelo presidente desta Casa, por ser governista, eu que fui relator, a votar a favor”, argumentou. “Nunca tivemos o pagamento das OSS em dia e o resultado é esse que vemos”, completou em seguida.
O deputado Alexandre César (PT), ferrenho opositor as políticas de OSS desde quando tentavam a implantação do modelo, chamou a atenção para o fato de estarem usando esse sistema para substituir o SUS ao invés de complementá-lo. “O estado pode sim usar uma parceria público privada como uma solução pontual, não como um substitutivo do SUS. Isso desvirtua toda proposta de um programa que serve de exemplo para o mundo”, afirmou
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