Alan Zanata depõe na 2ª fase da Sodoma

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Investigações para a segunda fase da Operação Sodoma, que tem o ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB) apontado como líder de um esquema criminoso montado para desviar recursos do erário público, já começou. A afirmação foi feita pelo o delegado Lindomar Aparecido Tofoli, nesta quinta-feira (24).

Conforme o delegado, outras duas empresas estão sendo investigadas de terem recebido incentivo fiscal de forma irregular. “Foi identificado dois casos na apuração da Controladoria do Estado, que tem irregularidades, agora vamos instaurar inquéritos separados porque são contextos diferentes”, afirmou.

Lindomar destacou também que o ex-secretário da Secretaria de Indústria e Comércio (Sicme), Alan Zanatta, vai ser chamado para depor. Também nesta segunda fase, os documentos apreendidos vão ser analisados e será feito um rastreamento do dinheiro que pode ter sido desviado pelo esquema.

Sobre o prejuízo aos cofres públicos, o delegado foi breve afirmando que ainda não há como calcular o valor perdido. “Eu não posso falar a respeito disso, as investigações estão começando, hoje pode existir um valor, ai lá no futuro seja um valor muito maior”.

Questionado sobre qual seria a penalidade para o principal delator do esquema, o empresário João Batista Rosa, sócio proprietário do Grupo Tractor Partes, o delegado afirma que a juíza Selma Rosane Santos Arruda, responsável pela 7ª Vara Criminal, avaliará o seu depoimento.

“Se aquilo que ele prestou foi importante para as investigações, se auxiliou os esclarecimentos dos fatos, a magistrada pode conceder condições favoráveis pra ele, no contexto em si, ele pode ser considerado , ao meu ver, até uma vítima dessa situação”, finalizou.

Primeira fase

Na primeira fase da Operação Sodoma foram ouvidas 31 pessoas. Oito membros da organização criminosa investigada no âmbito do inquérito policial foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos responderão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf, (Indústria e Comércio) e Marcel Souza de Cursi (Fazenda). Os três estão presos preventivamente.

De acordo com os autos, o ex-governador Silval Barbosa é apontado como chefe do esquema criminoso montado para desviar recursos do erário público, com a finalidade de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina. A execução de tarefas específicas foi determinada a pessoas de sua extrema confiança, com acesso direto ao palácio do Governo, entre elas Marcel Souza de Cursi, inicialmente como secretário adjunto de Receita Pública e posteriormente nomeado como secretário de Fazenda.

Indiciados

Individualizadas as condutas, foram indiciados:

1- Silval da Cunha Barbosa, por crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;

2-Marcel Souza de Cursi, por crimes de corrupção passiva e organização criminosa;

3-Pedro Jamil Nadaf, por crimes de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica (contrato fraudulento da NBC);

4-Karla Cecília de Oliveira Cintra, por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa;

5-Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, por crimes de corrupção passiva na condição de partícipe, organização criminosa e lavagem de dinheiro, indiciado indiretamente por não ter sido localizado;

6-Silvio Cezar Corrêa Araújo, por crimes de corrupção passiva na condição de partícipe, organização criminosa e lavagem de dinheiro;

7-Lourival Lopes Gonçalves, por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa;

8-Sérgio Pascoli Romani, por crimes de falsidade ideológica e organização criminosa.

Reprodução

 

 

 

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