Adolescente diz que era estuprada pelo pai há 3 anos

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A Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) de Cuiabá investiga uma denúncia de que uma adolescente de 16 anos estava sendo estuprada pelo próprio pai desde os 13.

O caso chegou na quarta-feira (18) à noite à Central de Flagrantes e de Ocorrências, depois que a mãe do namorado da garota a encorajou a procurar a polícia. A garota confirmou aos policiais plantonistas o abuso praticado pelo pai na própria casa, no bairro Santa Isabel, em Cuiabá.

Segundo a adolescente, o pai a ameaçava caso ela contasse a alguém o abuso sexual. Desde que começou a estuprá-la, exigia uma relação sexual por semana. Caso contrário, o pai tirava o cinto e ameaçava surrá-la. "Então ele (o pai) me arrastava para o quarto dele", completou.

Há alguns meses, ela arrumou um namorado e o pai não gostou da ideia, reprovando-a na hora. Então, exigiu que transasse com ele antes de se encontrar com o namorado. Para não sofrer agressões físicas, a adolescente se submetia aos caprichos sexuais do pai.

A adolescente acrescentou que tentou falar com a irmã mais velha, mas o pai estava sempre por perto e isso a intimidava. Ela morou com o pai em outros estados e, recentemente, se mudaram para Cuiabá. A adolescente disse que o pai se separou da madrasta, e pai e filha voltaram a viver juntos.

Anteontem, ela estava triste e o namorado queria saber o que acontecia, quando ela revelou o segredo, mas temia que o pai a surrasse novamente. Disse ao namorado que o pai chegava a rasgar o vestido dela caso se recusasse a manter relação sexual com ele. De imediato, a mãe do rapaz também ficou sabendo e a levou até a polícia.

O delegado Laudeval Freitas, de plantão, informou que, ser for confirmada a violência sexual, trata-se de estupro de vulnerável. Ele solicitou exame de violência sexual. "Antes (da nova lei de repressão a crimes sexuais), pedia-se exame de conjunção carnal, mas agora, os exames são mais amplos", explicou.

Cauteloso em relação à denúncia, Laudeval adiantou que a adolescente terá acompanhamento psicológico para saber se de fato ocorreu o que ela narrou. "É preciso que se extraia a realidade porque a pena (para estupro de vulnerável) é alta", frisou. Ele lembrou que é preciso um depoimento detalhado e, a partir daí, tomar as providências cabíveis.

Policiais plantonistas da Deddica informaram que a delegada Mara Rúbia de Carvalho irá instaurar inquérito e, como toda investigação realizada por aquela delegacia, correrá em segredo de justiça. "A nova lei exige isso para dar mais tranquilidade às vítimas", explicou um policial.

 

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