Bicampeão da Copa América com a seleção brasileira nas edições de 2004 e 2007, o ex-santista Diego chegou a ser considerado o "reserva ideal" para Kaká e, por muito tempo, figurou entre os favoritos a fazer parte do grupo que disputou a Copa da África do Sul. Mas foi esquecido por Dunga e viu seu sonho ruir.
Em entrevista exclusiva para o R7, Diego lamentou não ter tido a chance de ajudar o Brasil a ir mais longe no Mundial, mas prometeu dar a volta por cima quando for chamado por Mano Menezes.
– Tive algumas chances com o Dunga, mas não fui mantido. Acho que eu poderia ter ajudado a seleção na Copa do Mundo, mas vou trabalhar forte para voltar ao time e provar que posso ajudá-los.
Eleito melhor jogador do Campeonato Alemão em duas temporadas seguidas pelo Werder Bremen e segunda contratação mais cara da Juventus-ITA em 2009 (custou cerca de R$ 70 milhões), o jogador ainda não repetiu com a camisa da Vecchia Signora o futebol que mostrava na Alemanha, mas tem esperanças de crescer em seu segundo ano no futebol italiano para, enfim, voltar a figurar entre na seleção nacional.
R7 – Como você avalia sua primeira temporada na Juventus e o que projeta para este segundo ano?
Diego – Tivemos uma primeira temporada muito irregular aqui. Não só eu, mas todo o time da Juventus jogou abaixo do que poderia. Acho que essa é a hora de mostrarmos o quão bons somos. Estamos muito confiantes após a pré-temporada e eu me sinto mais adaptado ao futebol italiano. Essa temporada tem tudo para ser bem melhor.
R7 – Você foi considerado mais de uma vez o melhor jogador do Campeonato Alemão pelo Werder, mas não alcançou destaque semelhante ainda em Turim. A diferença de estilo de futebol entre os dois países é muito grande?
Diego – Sim, é bastante. A Alemanha tem um estilo muito tático, enquanto aqui na Itália o futebol é mais fechado. É difícil encontrar os espaços com a mesma facilidade que eu encontrava em outros lugares. Mas estou bem mais adaptado e aprendendo a achar os espaços na Itália.
R7 – Você foi convocado 15 vezes pelo Dunga durante os jogos preparatórios para a Copa, foi campeão da Copa América em 2007, mas acabou não indo ao Mundial. Acredita que faltou um jogador como você para ajudar o Kaká na armação?
Diego – Tive algumas chances com o Dunga, mas não fui mantido. Acho que eu poderia ter ajudado a seleção na Copa do Mundo, mas vou trabalhar forte para voltar ao time e provar que posso ajudá-los. Acho que faltou calma ao Brasil e os holandeses souberam ser bem frios.
R7 – Falando um pouco mais sobre seleção, queria te perguntar sobre o Felipe Melo. Ele foi crucificado e culpado pela eliminação brasileira contra a Holanda e, nas entrevistas, não mostrou arrependimento da entrada que deu no Robben. Como é a convivência com o volante aí na Juventus?
Diego – O Felipe Melo sempre se mostrou bem tranquilo. As pessoas pegaram no pé mais pelo estilo dele, que é de marcar duro, em cima mesmo.
R7 – A troca de comando do Dunga pelo Mano Menezes abriu novamente a perspectiva de convocações para você?
Diego – Espero ser lembrado nas próximas convocações. Jogar bem e num clube de ponta como a Juventus sempre abre mais horizontes.
R7 – Vamos falar um poucos sobre o Santos. O Robinho está para ir embora. Você consideraria a hipótese de voltar se fosse procurado?
Diego – Não penso em voltar ao Brasil agora. O nível de desafio do futebol europeu é muito grande e quero me estabelecer aqui na Juventus.
R7 – A nova geração de Meninos da Vila está se destacando também pelas polêmicas, principalmente via Twitter. No seu tempo, a única coisa que pegou mal foi o lance na seleção, o Diego abaixando seu calção na sub-23. Está faltando orientação aos novos meninos?
Diego – Orientação eu acho que não falta em clube nenhum, mas a atitude parte de cada um. Tínhamos muita disciplina, tanto que, apesar da juventude, conseguimos conquistar dois títulos brasileiros.
R7 – O que você ouve falar sobre Ganso e Neymar aí na Itália? Há algum clube interessado na dupla?
Diego – Todo mundo quer o Neymar e o Ganso.