Após "morrer abraçado" com a senadora Serys Marly (PT) nas eleições deste ano, o presidente estadual do PT, Carlos Abicalil, prefere não polemizar ainda mais as declarações da petista, que ainda faz questão de soltar "farpas" quando é questionada sobre a briga interna. “Não tenho nada a declarar. A senadora tem consciência do que ela fez”, ressalta o parlamentar. Lideranças ligadas a Abicalil defendem que a petista seja expulsa da sigla, sob o argumento de que ela teria traído o partido durante o pleito eleitoral de 2010.
Desde de abril, Serys e Abicalil travam um duro embate. Os dois queriam disputar o Senado, mas quem venceu as prévias dentro do PT foi o deputado federal. Desde então, a parlamentar e seu grupo político praticamente esqueceram Abicalil. Serys, inclusive, chegou a anunciar que desistiria da vida pública, mas na última hora, com a articulação do governador Silval Barbosa (PMDB), decidiu disputar uma vaga no Congresso Federal. Conseguiu 78.543 votos e amargou a condição de suplente.
Já Abicalil, que tentava se eleger senador, ficou em terceiro lugar, atrás de Blairo Maggi (PR) e de Pedro Taques (PDT), com 533.280 (18,24%) dos votos válidos no último domingo.