A 4 dias da diplomação dos eleitos no pleito deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral tende a "liquidar" os processos pendentes e considerados importantes para a definição do quadro no Estado. Para tanto, a semana promete ser agitada durante as sessões no órgão. O corregedor, desembargador Márcio Vidal, deve colocar em pauta até quinta (16) todas as ações de investigação judicial envolvendo os candidatos que dusputaram o Palácio Paiaguás, conforme informa o jornal A Gazeta.
O caso mais aguardado tanto pelos advogados, pelos membros do TRE quanto pela sociedade de uma forma geral é o que envolve o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) e seu vice, Chico Daltro (PP).
Dois dos três processos enfrentados pelo peemedebista já foram arquivados. O mais polêmico e que ainda vai passar pelo crivo dos juízes-membros do TRE é o caso em que o candidato derrotado ao Palácio Paiaguás Mauro Mendes (PSB) acusa Silval e Daltro de terem cometido abuso de poder econômico ao convocar servidores da Empaer para um evento político na campanha. Silval nega irregularidade e diz não acreditar na possibilidade de cassação do registro, o que levaria a nova eleição no Estado, já que ele foi reeleito com mais de 50% dos votos.
Entre as pessoas que prestaram esclarecimento sobre o caso está o próprio presidente da Empaer, Enock Alves dos Santos, além do diretor de Pesquisa da Empaer Carlos Luiz Milhomem de Abreu , o coordenador de Ater, Sérgio Mazeto e os servidores Jesuíno de Oliveira, Denise Maria Ávila Gutterrez e Gilmar Brunetto. Todos falaram sobre o suposto uso da empresa para convocar servidores para uma reunião no principal QG da campanha do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB), ao lado do ginásio Aecim Tocantins, em 5 de agosto, durante a corrida eleitoral.
O processo corre sob segredo de Justiça e praticamente não se sabe o teor dos depoimentos e quais são as provas anexadas nos autos. Apesar disso, vazou a imprensa, por exemplo, que muitos servidores teriam se deslocado do interior à Capital em carros oficiais e com diárias pagas pelo Estado. Além disso, há fotos do evento e um ofício convocando a reunião. No documento, assinado por Enock, está especificado que a reunião seria para discutir readequação salarial, Plano de Cargos, Carreiras e Salários, concurso público e o projeto de construção de uma sede para a Empaer, mas na verdade teria ocorrido um encontro político.
Já quanto aos outros dois processos arquivados estão duas outras acusações feitas por Mendes. O socialista acionou Silval na Justiça Eleitoral sob a acusação por compra de votos ao participar de um evento evangélico. Outra ação que pedia a cassação do registro de candidatura se baseava no argumento de uso da máquina pública a favor de Silval por conta de um e-mail da Casa Civil endereçado aos servidores do Estado para pedir votos. Foi recomendada multa de R$ 5 mil ao secretário Éder Moraes e a uma de suas assessoras.
No processo mais polêmico, Mauro Mendes acusa Silval e o vice-governador eleito Chico Daltro de abuso de poder econômico por causa de uma convocação de servidores da Empaer para um evento político na campanha. Silval nega irregularidade e diz não acreditar na possibilidade de cassação do registro, o que levaria a nova eleição no estado, já que ele foi reeleito com mais de 50% dos votos.