Grupo de Serys prepara ofensiva contra Abicalil e Alexandre Cesar

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Para revidar o pedido de expulsão por infidelidade partidária proposto pela Comissão de Ética do PT, aliados da ex-senadora Serys Slhessarenko prometem se articular para, numa ação judicial, suspender os direitos políticos do ex-deputado federal Carlos Abicalil e do suplente de deputado estadual, Alexandre Cesar.

A articulação revela parte da batalha de diferentes grupos do PT que está em evidência desde a campanha eleitoral de 2010. Enfraquecido nas urnas, agora, o PT pode se esfacelar ao ponto de não ter mais força política para se reerguer nas eleições de 2012 e 2014.

Uma ação anulatória de ato jurídico está em trâmite desde o término das prévias na qual Abicalil conseguiu aval da maioria do partido para concorrer ao Senado. O argumento da ala pró-Serys é que foi explorada a estrutura de órgãos federais como veículos e pagamento de diárias para facilitar o deslocamento dos militantes. 

"Vamos trabalhar para acelerar o andamento deste processo na Justiça. Há provas claras de que houve abuso de poder político e econômico no processo das prévias. A ideia é garantir que as testemunhas sejam ouvidas e haja uma punição justa que é a suspensão dos direitos políticos de Abicalil e seus aliados", informou uma fonte do PT.

Outro militante do PT que prefere não se identificar explica que para votar nas prévias é necessário estar em dia com a contribuição partidária. Diante disso, afirma que houve benefícios financeiros a um grupo de filiados.

"Houve quitação de débito em massa para garantir a participação da militância. São pelo menos 3 municípios onde o resultado das prévias poderia ser outro se não fosse a influência financeira".

Outro lado

O suplente de deputado estadual, Alexandre Cesar, condenou a articulação de grupos internos do PT com o intuito de prejudicá-lo.

"É um absurdo tão grande que não vou polemizar. Trata-se de um grupo que nunca respeitou decisão partidária e tampouco as pessoas. Querem acelerar um processo quando o Judiciário é independente. Ninguém pode ser privado de querer recorrer a Justiça, então, é uma atitude assegurada pela Constituição e estou absolutamente tranqüilo porque não tenho nada a temer".

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o ex-deputado federal Carlos Abicalil em seus telefones.

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