O governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) afirmou que vai iniciar a nova gestão no Palácio Paiaguás, a partir de janeiro de 2011, sem ter comprometido nenhuma das secretarias de Estado. Ele se referiu aos acordos com os partidos que deram sustentação à sua recandidatura, na constituição da coligação "Mato Grosso em 1º Lugar".
Apesar do discurso, o peemedebista disse entender a necessidade de contemplar as legendas aliadas, mas descartou qualquer tipo de "pressão" nesse processo de formação do noo staff.
Silval chegou à vitória nas urnas, no domingo (3), contando com apoio de 11 partidos; destes, quatro são considerados grandes: PMDB, PR, PT e PP. Essa coligação, farta de partidos, inclusive, serviu como motivo de críticas por parte dos seus adversários, que afirmavam que a administração estadual, em caso de vitória do governador, seria loteada. "Não comprometi secretaria nenhuma, mas entendo que quem ajudou a ganhar ajuda a governar", declarou.
A respeito da nova formação do secretariado, Silval informou que só haverá alterações a partir de 1º de janeiro de 2011, quando inicia o novo mandato. Os nomes, segundo ele, estarão escolhidos até o dia 30 de dezembro próximo. "A partir de agora, vou começar a discutir com os partidos que estiveram no arco de aliança; vamos discutir e definir os espaços", disse o governador.
Silval destacou que pretende formar um secretariado mediante a indicação dos aliados, mas cobrará um perfil e capacidade técnicos para assumir o cargo. Ele afirmou que não aceitará em seu staff nomes, simplesmente, com perfil político, salientando que levará em conta a capacidade técnica de cada indicado. "Às vezes, a pessoa não é tão hábil politicamente, mas compensa na capacidade técnica. Buscamos qualidade de uma gestão eficaz e moderna", afirmou.
Dilma
Outro ponto explorado na entrevista foi o comprometimento de Silval com a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Ele afirmou que, provavelmente, não será o coordenador da campanha, mas estará na linha de frente no Estado.
"Dilma tem compromisso com o Estado. Ela sabe das parcerias que precisamos com o Governo Federal, principalmente, na viabilização da logística. A eleição da Dilma irá abrir as portas do Governo Federal para Mato Grosso", declarou Silval Barbosa.
O peemedebista classificou esse segundo turno como uma eleição atípica, pois toda a autonomia quanto aos gastos e direcionamento da campanha ficará por conta da coordenação nacional de campanha. "Agora, dependemos de ver qual o tipo de trabalho que a coordenação nacional passará para nós", disse.
O governador disse que irá sereunir com todos os prefeitos da base aliada para reforçar o pedido de apoio para a candidata Dilma, afirmando que essa é a melhor opção para o Estado. "Este Governo tem uma relação forte com a Dilma, que tem o vice do PMDB. É muito importante para nós a vitória da Dilma e vamos com essa mensagem para sociedade e mostrar os pontos positivos", afirmou.
Retaliação
Silval teve votação inferior ao segundo colocado na disputa pelo Governo, o empresário Mauro Mendes (PSB), em cinco cidades – entre elas, Cuiabá e Rondonópolis -, mas fez questão de ressaltar que dará tratamento igual a todos os municípios.
"Não terá retaliação do meu Governo para com esses prefeitos ou com a população. Pelo contrário, vou trabalhar para que eles reconheçam tudo que vamos produzir. De fato, vamos mudar a vidas dessas pessoas", afirmou.
O governador disse entender os motivos de muitas pessoas não terem votado nele, mas afirmou que quer provar, durante sua segunda gestão, irá trabalhar por Mato Grosso e para todos.
"Eu sei que essa população espera do Governo mudanças e acredito que eles estavam vendo essa mudança em outros candidatos. Vamos provar que somos a melhor opção", disse Silval