Os clubes de swing são geralmente festas em que casais héteros fazem sexo com outros casais, mas com os parceiros trocados. De acordo com Anne-Marie Niekamp, da Universidade de Maastricht e uma das autoras do estudo, embora não haja estimativas certas, existem milhões desses praticantes ao redor do mundo.
Por essa razão, os cientistas dizem que, por não receber a devida atenção dos serviços de saúde, esse grupo poderia representar uma ponte entre as DST’s e o restante da população.
Anne-Marie conta que o agravante da situação é que, enquanto outros grupos de risco, como os jovens, gays e prostitutas, são facilmente alvos das campanhas de saúde, os praticantes de swing estão geralmente escondidos na sociedade.
– É muito difícil alcançá-los, porque eles estão escondidos e muitas vezes estigmatizados. Isso impede que eles busquem um teste de DST ou um tratamento.
Faltam campanhas de saúde focada nos "swingers"
O estudo holandês analisou os pacientes que buscaram três clínicas de saúde sexual na Holanda durante os anos de 2007 e 2008, época em que os hospitais começaram a perguntar os pacientes se eles eram praticantes de swing para controlar a transmissão de doenças dentro desse grupo.
Ao avaliar a quantidade de pessoas que possuíam gonorreia ou clamídia, a pesquisa descobriu que, enquanto essas doenças estavam presentes em 10% dos heterossexuais, 14% dos homens gays e quase 5% das prostitutas, entre os “swingers” a taxa era de 10,4%, sendo que as mulheres praticantes eram mais atingidas do que os homens.
A clamídia é a DST mais comum entre as mulheres, sendo que em 70% dos casos não existem sintomas. Essa infecção bacteriana pode causar inflamações na região da pélvis, problemas na gravidez e infertilidade. Gonorreia é outra infecção bacteriana que pode causar infertilidade se não for tratada.