Corregedoria investiga policial que registrou BO do ‘corno de Cáceres’

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Alcione dos Anjos

Corregedoria da Polícia Civil irá apurar conduta de investigador de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá), que confeccionou boletim de ocorrências atípico no Município no qual um homem afirmou que era “corno” e pedia providências por parte da Polícia. O caso ganhou repercussão devido à linguagem chula e com termos de baixo calão usados pelo denunciante e registrados no BO.


Agentes policiais de Cáceres procuraram o denunciante, mas não o encontraram, pois o endereço fornecido por ele ao registrar o boletim de ocorrência não existe. A polícia não sabe onde mora a companheira denunciada. Apesar do caso não ser prioritário, mobiliza a Polícia Civil do município.
A assessoria de imprensa da PJC confirmou que a delegada de Cáceres, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, encaminhou o caso à Corregedoria. Mas, salienta que pela grande repercussão do caso, mesmo sem a notificação da delegada, o órgão abrirá processo para verificar a conduta do escrivão.

O caso 

Reprodução

Na segunda-feira (17), M.F.F., 50, que se diz corno, cansado de levar “chifres”, procurou Polícia Civil de Cáceres para fazer BO contra namorada infiel e pedir providencias às autoridades.

O denunciante alegou que os “fatos” ocorreram no dia 5 de julho e que chegou a danificou a bicicleta da namorada para impedir que ela saísse e colocasse “mais chifres em sua cabeça”, assumindo que é “corno dos grandes” e não aguenta mais ver a mulher “encoxando” com outros na sua frente.

No histórico do boletim narra que tem sido “obrigado” a assistir as traições e ver a acusada, a quem chama de “Fátima Cochadeira”, fazer sexo com outros na sua frente.

Disse que se encantou com ela na rua e resolveu levá-la para casa, quando teriam começado seus problemas.

O boletim atípico foi analisado pela delegada Cinthia, que em conversa com o investigador que fez o procedimento confirmou a veracidade do documento. A delegada já questionou a linguagem chula e os termos de baixo calão usados pelo denunciante. Segundo o policial, o homem fez questão de usar os termos que, em alguns casos, segundo ele, foram amenizados.

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