Falta de soro mobiliza saúde

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Fonte Silvana Ribas, repórter do GD


Falta de soro contra picadas de animais peçonhentos mobiliza Secretaria de Saúde de Cuiabá, que promoveu curso para atendentes do Pronto-Socorro.

Nesta sexta-feira (15) a unidade possuía apenas 10 ampolas do medicamento, suficiente para atendimento de um paciente grave ou no máximo de dois casos moderados de acidente com animal peçonhento.

Somente entre janeiro e junho foram atendidos 94 casos de vítimas picadas por serpentes e 111 atendimentos por picadas de outros animais, como aranhas, escorpiões e abelhas.

Segundo o médico José Antônio de Figueiredo, coordenador da Centro de Informações Antiveneno (Ciave), hoje o município depende de repasse emergencial da Vigilância Sanitária do Estado, que também teria no máximo 60 ampolas de medicamento no estoque.

A situação se agrava ainda mais pelo fato da reposição do soro, por parte do Ministério da Saúde, não ocorrer nos próximos dois meses, como foi anunciado. Com isto há risco do Estado todo ficar desabastecido.

Hoje, segundo Figueiredo, 90% dos atendimentos estão relacionados a picadas de cobras da espécie jararaca, que pode exigir tratamento com 8 a 12 ampolas por paciente, dependendo da gravidade do caso.

A capacitação é direcionada aos médicos e enfermeiros das salas vermelha e amarela, que realizam o primeiro atendimento às vítimas picadas por serpentes e animais peçonhentos. A atualização visa orientar os atendents para o uso adequado das ampolas do soro antiveneno.

A primeira etapa aconteceu no auditório do Pronto-Socorro e está sendo realizada pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, Doenças e Agravos (Covida) e Ciave.

Segundo Carla Reis Dias, coordenadora da Covida, o intuito é que os profissionais sigam corretamente o protocolo do Ministério da Saúde, que define a quantidade de ampolas que devem ser aplicadas em cada situação.

A preocupação é mostrar quais são os tipos de serpentes mais comuns da região e as quantidades necessárias de aplicação do medicamento conforme a gravidade do acidente.

Turistas que vem para região em busca de trilhas também trazem preocupação, pois estão expostos aos animais, explica a coordenadora.

Para prevenir as picadas é necessário usar botas, perneira, calça comprida, não colocar os braços e mãos em tronco de árvores, ou folhas secas e não ficar em lugares onde serpentes possam estar escondidas.

Para quem trabalha na zona rural é importante usar os equipamentos de proteção individual (EPI’s), que são luvas, perneiras, botas e calças longas, já que as picadas geralmente atingem pernas, pés, braços e mãos.

O índice de atendimentos a criança picada por animais peçonhentos é muito alto, decorrente disso os pediatras também participam da atualização.

Carla Reis aconselhou também cuidados especiais com as crianças, não deixando que elas fiquem expostas em sítios ou pescarias, onde podem ocorrer esses tipos de acidentes. (Com informações assessoria SMS)

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