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“O governo é igual feijão, só funciona na pressão”. Com esta frase de Frei Beto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de MT (Sintep-MT), Henrique Lopes, demonstra que a greve geral dos servidores públicos pelo pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) não deve afrouxar tão cedo.
O Sintep-MT não recebeu notificação de ilegalidade como os sindicatos das áreas da segurança pública, saúde e meio ambiente. Entretanto, Henrique afirma que não teme se isso acontecer.
“Decisões unilaterais não significam que o nosso movimento deve acabar”, afirma. “Se tiver alguma notificação a ser feita ao Sindicato, quero que os oficiais de Justiça nos fale, porque nós vamos até onde eles estiverem. Não tememos decisão liminar”, complementa categórico.
Ele afirma que o governo não quer negociar. “Caso contrário, não recorreria ao judiciário. Inclusive, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso é campeão em vendas de sentença. Por isso, é decisão unilateral”, dispara o presidente do Sintep-MT.
Os servidores da educação representam a maior categoria no funcionalismo público de Mato Grosso. São 39 mil servidores, dos quais mais de 90% aderiram ao movimento. Henrique pede que a categoria se mantenha calma e unida com os demais servidores. “Estão tentando nos dispersar e nos colocar uns contra os outros”.
Ato público
O sindicato que representa os trabalhadores da educação está articulando um próximo grande ato público para a próxima terça-feira (14), às 14h. O movimento partirá do monumento Ulysses Guimarães e seguirá até a Secretaria de Estado de Gestão.
“Estamos esperando mais de 2 mil pessoas vindo do interior do Estado para a carreata. Cerca de 30 ônibus vêm da Baixada Cuiabana, das regiões norte, médio norte, leste e sul”, informa o secretário de finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco.
Ele ainda explica que na categoria está em assembleia permanente para debater quaisquer novas propostas feitas pelo governo do Estado para pagamento da RGA, mas que não