O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, negou liberdade ao ex-governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa (PMDB). Responsável pela apreciação de pedidos durante o recesso forense, o magistrado rejeitou os argumentos utilizados pela defesa do político, preso desde o dia 17 de setembro em decorrência da Operação Sodoma.
Com isso, não há mais recursos possíveis a tempo do ex-governador deixar o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), onde ocupa uma cela, antes do réveillon. Como as últimas negativas ocorreram em caráter liminar, Silval terá que aguardar o julgamento do mérito da série de pedidos protocolados em todas as instâncias para reverter o decreto de prisão preventiva, assinado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda.
Antes de recorrer ao STJ, os advogados de Silval tentaram a liberdade do político, aproveitando o mesmo recesso, junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O habeas corpus foi negado pela desembargadora Serly Marcondes, que em sua decisão destacou a busca insistente dos defensores por reverter a decisão de Selma. “Ademais, como ressai estampado da mídia, desde o encarceramento do paciente, a mesma ordem de prisão tem sido reiteradamente questionada, por todas as formas, em todas as instâncias, sem que, em nenhuma delas, tenha o paciente obtido sucesso, nem mesmo, em relação ao pedido alternativo de substituição do encarceramento por outras medidas cautelares, máxime da prisão domiciliar com uso de monitoração eletrônica”.
Silval é acusado de participação em uma organização criminosa que por meio de extorsão incluía empresas em programas de benefícios fiscais de Mato Grosso. Pelos mesmos crimes, seguem presos os exsecretários Pedro Nadaf e Marcel Souza de Cursi.