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O deputado estadual Zeca Viana (PDT) denunciou na tribuna da Assembleia Legislativa a existência de um inquérito policial que foi instaurado para investigá-lo sob suspeita de estar planejando a morte do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Disse que o inquérito foi instaurado após um e-mail ser enviado no dia 12 de março para o chefe de gabinete do Palácio Paiaguás, José Arlindo de Oliveira Silva, alertando que Zeca teria contratado um pistoleiro para matar o secretário e também a esposa.
Ele suspeita que a “armação” tenha partido do meio político e alertou os demais parlamentares dizendo que qualquer um dos colegas também pode ser vítima dessa situação. Ele atribui o caso como uma armação para tentar intimidá-lo por denunciar os maus feitos na gestão de Pedro Taques (PSDB). Ele disse que por ser deputado e muitas vezes usar a verdade na tribuna talvez tenha prejudicado ou machucado muita gente. Assista aqui um trecho da fala de Viana
Antes correligionário e aliado político do governador Pedro Taques, o deputado Zeca está hoje em lado oposto ao governador e é tidos como rival político. O racha começou logo apos as eleições de 2014 e se agravou quando Zeca tentou viabilizar seu nome para disputar a presidência da Assembleia, mas não teve o apoio do governador que à época ainda integrava os quadros do PDT e preteriu Viana para apoiar Guilherme Maluf (PSDB). De lá pra cá as divergências só aumentaram e ambos trocaram farpas pela imprensa até a decisão de Taques de deixar o PDT e filiar-se ao PSDB no dia 29 de agosto.
Da tribuna do Legislativo Estadual, Viana disse que “curiosamente que esse e-mail surgiu logo depois que declarei aqui nessa tribuna que o Paulo Taques era um vagabundo quando ele me chamou de mentiroso pela imprensa. Logo depois dessas declarações foi instaurado um inquérito policial me caluniando atingindo a minha honra, minha dignidade”, destacou Viana na sessão noturna desta quarta-feira (21).
Em março deste ano, Zeca Viana depois de descartado como membro da base governista, reagiu a uma série de declarações de Paulo Taques e o chamou de “mentiroso e vagabundo”. À ocasião, cobrou um posicionamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa no sentido de requeresse ao governador Pedro Taques a exoneraçao do secretário, o que não ocorreu.
Outro lado – O secretário Paulo Taques confirmou que de fato o e-mail chegou até a Casa Civil e foi encaminhado ao secretário de Segurança, Mauro Zaque, pois entendeu que não poderia ficar sem fazer nada. Ressaltou no entanto, que desde o começo achou que era mentira, uma tentativa de criar intriga entre ele o deputado Zeca Viana.
Taques explicou que foi convocado para depor e disse ao delegado que acreditava ser tudo mentira. Pontuou que o delegado deveria ouvir o deputado Zeca Viana a respeito do caso. Taques acredita que a relação da Assembleia e governo do Estado não vai ficar abalada, mas adiantou que não vai procurar o Viana para conversar porque em sua avaliação, não tem necessidade.