Estadão Conteúdo
Pela primeira vez, cuiabanos fizeram um ‘panelaço’ durante a veiculação da propaganda partidária do PT. O protesto, que já havia ocorrido em outras capitais durante pronunciamentos da presidente Dilma Rousseff no início do ano, foi verificado em bairros da região central da cidade. Diversas convocações para o protesto foram feitas, ao longo do dia, pelas redes sociais.
Vídeos que circulam pela internet mostram os protestos nos bairros Popular e Goiabeiras. Há também relatos de que no Bosque da Saúde alguns moradores, além de baterem panelas, desligavam e acendiam as luzes de casa no momento do discurso como forma de protesto.
Os protestos ocorreram mesmo com a decisão de Dilma de não aparecer na propaganda partidária e com a decisão de liberar o programa, mais cedo, pelas redes sociais.
No programa, aparecem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do partido, Rui Falcão. Não houve participação de Dilma – ela aparece brevemente nas imagens, sem identificação. Lula centra sua fala contra terceirização enquanto Falcão anuncia que o partido vai expulsar militantes que forem condenados por ‘malfeitos‘.
A medida, determinada por resolução aprovada pelo diretório nacional em 29 de novembro de 2014 como resposta ao sentimento antipetista verificado nas eleições do ano passado, difere da conduta adotada pela sigla após as condenações do processo do mensalão, quando o julgamento foi tachado por dirigentes e militantes como ‘político‘. O programa também se dedicou a falar do ajuste econômico promovido pelo governo, comparando com crises passadas por quais passou o País.
O primeiro panelaço foi registrado no dia 8 de março, durante o pronunciamento em rede nacional de TV da presidente Dilma Rousseff (PT) em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Os panelaços ocorreram em pelo menos doze capitais, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre.
Um segundo panelaço foi registrado durante uma semana depois, no dia 15 de março, durante a transmissão de uma entrevista coletiva com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, com o posicionamento do Planalto sobre as manifestações de rua registradas no mesmo dia.