CRÉDITO EM GRÁFICAS Dinheiro pode ter sido usado nas eleições

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Simone Ishizuka / GD

Parte do dinheiro supostamente desviado do esquema desarticulado nesta quinta-feira (18) pela Polícia Civil pode ter abastecido campanhas eleitorais neste ano, por meio de créditos entre políticos e as gráficas participantes. Esta é uma das possíveis destinações do dinheiro desviado. A Investigação, hoje com a Delegacia Fazendária, conta com nomes de agentes públicos e gráficas de Cuiabá e Várzea Grande. Até o momento, 2 secretários adjuntos foram presos e 4 pessoas estão foragidas.

O caso começou a ser investigado em decorrência da Operação Aprendiz, deflagrada na Câmara Municipal de Cuiabá. Lá, os promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) descobriram, com base no cruzamento de dados, que a gráfica contratada pelo ex-vereador João Emanuel (PSD), a Propel, não tinha capacidade para produzir o material comprado pelo Legislativo.

Com o modus operandi descoberto, a investigação começou a levantar a possibilidade de outras empresas terem cometido as mesmas fraudes em outras licitações. Foi quando um dos empresários citou à Polícia Civil, pregão 0299.583/2011/SAD, com dezenas de lotes.

Com isso, os trabalhos de investigação se aprofundaram e, nestq auinta, foram cumpridas ordens de busca e apreensão nas empresas do Grupo Print, Gráfica Defant, Gráfica JR Gusmão, nos gabinetes dos secretários adjuntos Eupidio Espiezzi Junior (Secom) e Jose de Jesus Nunes Cordeiro (SAD), ambos presos, e na Agência Casa D’Ideias, de Marketing e Propaganda.

A Delegacia Fazendária confirmou a prisão dos dois secretários adjuntos e informou que três empresários e um funcionário das gráficas envolvidas estão foragidos. Todos estão com prisões temporárias decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado e a 14ª Promotoria de Justiça e Defesa da Administração Pública e da Ordem Tributária de Cuiabá.

A delegada Liliane de Souza Murata Costa informou que as fraudes são referente ao pregão nº 93 do ano de 2011 e o contrato de 2012, no valor de R$ 40 milhões. “Recebemos denúncia de um empresário que foi chamado para uma das reuniões e não quis aderir às condições impostas pelo grupo de empresários para participar do pregão”, declarou a delegada.

Os suspeitos poderão responder por fraudes a licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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