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Ao menos 11 empresas são investigadas no esquema de fraude a processo licitatório de serviços gráficos, desmantelado nesta quinta-feira (18), pela Polícia Civil. O prejuízo apurado já ultrapassa R$ 40 milhões e a Delegacia Fazendária, que conduz o caso, acredita ser possível que desvios tenham ocorrido em outras licitações.
Conforme o titular da Defaz, Carlos Fernando Cunha, o esquema era investigado há quase 2 anos, após uma denúncia feita por um empresário ao Ministério Público Estadual (MPE). “Nós recebemos esta denúncia e passamos a investigar especificamente um pregão realizado pela Secretaria de Estado de Administração”.
Segundo Cunha, os secretários adjuntos Elpídio Espiezzi Junior (Secom) e Jose de Jesus Nunes Cordeiro (SAD), foram os responsáveis pelo processo fraudado pelas gráficas. “Os 2 foram coniventes com estes desvios ocorridos, repito, apenas em um contrato”.
Com isso, os trabalhos de investigação se aprofundaram e, nestq auinta, foram cumpridas ordens de busca e apreensão nas empresas do Grupo Print, Gráfica Defant, Gráfica JR Gusmão, nos gabinetes de Elpídio e Cordeiro (SAD), ambos presos, e na Agência Casa D’Ideias, de Marketing e Propaganda.
Cunha destacou que outras 4 pessoas são consideradas foragidas. São elas os empresários Dalmi, Fábio e Jorge Defanti, além do diretor da Gráfica Print, Alessandro Francisco Teixeira Nogueira. “Eles estão com prisão temporária decretada, mas ao final das investigações devemos representar pela prisão preventiva dos acusados”.
As gráficas envolvidas teriam fraudado o pregão 0299.583/2011/SAD, alvo principal da investigação. Eles lotearam a licitação, combinando preço e se articulavam para excluir empresas que não faziam parte do esquema e que, por ventura, participariam da licitação.
Além da fraude, as empresas entregavam materiais em quantidade inferior ao contratado, dividindo com agentes públicos o dinheiro pago a mais pelos serviços.