Polícia de MT investiga sequestradores há 18 anos

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A Polícia Civil de Mato Grosso, investiga, há 18 anos, crimes atribuídos a uma das maiores quadrilhas especializadas em sequestro no Estado que teve 3 integrantes presos na última terça-feira (2) em Manaus (AM). O primeiro crime que começou a ser investigado no Estado em 1996 pela Divisão Anti-Sequestro, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) foi sequestro de um rapaz de 19 anos, filho do dono da empresa de transportes TransOeste de Rondonópolis (212 ao sul de Cuiabá). Agora, foram presos o líder da quadrilha, André Amarildo Teodoro de Souza, 49, e seu sobrinho Humberto César Cassiano, 39, e José Italívio Martins, 52.

De acordo com a Polícia Civil, em maio de 1999, Humberto Cassiano foi investigado, mas negou participação no crime. À época, ele disse, no entanto, que o convite para participar do sequestro partiu dos irmãos Teodoro e revelou a polícia que o crime cometido em Rondonópolis tinha como autores André Amarildo Teodoro de Souza, seu primo Amarildo dos Santos, Nidiomar Carvalho entre outros. Os 2 suspeitos, Amarildo Santos e Nidiomar Carvalho, estão foragidos. 

Nas investigações desse crime, a Divisão Anti-Sequestro localizou o cativeiro e apreendeu parte do armamento usado pelo bando, sendo uma pistola calibre 380, 1 revólver calibre 38, uma submetralhadora 9 milímetros, carregadores e farta munição. O armamento estava em uma fazenda, distante 60 quilômetros de Rondonópolis, local que a vítima era mantida em cativeiro acorrentada a uma árvore. 

A vítima, o estudante universitário J.C.B, permaneceu em cárcere privado sobre a vigilância de pessoas armadas por vários dias, até que a Polícia conseguiu localizar o cativeiro e libertar o jovem, prendendo também três dos envolvidos, todos eles ligados a André Amarildo Teodoro. A quadrilha tinha solicitado R$ 1 milhão de resgate a família do estudante. Mas o pagamento não chegou a ser efetuado, devido a rápida ação da Polícia que conseguiu prender parte do bando. 

Nas investigações desse sequestro, também foi preso José Teodoro de Souza, que confessou detalhes do crime ocorrido em Rondonópolis e ainda revelou que André Amarildo, além de ser o autor tinha praticado outro crime de sequestro juntamente com seus comparsas, no ano de 1996. A vítima dessa vez era o diretor presidente da Coca Cola de Várzea Grande e para o resgate tinham exigido R$ 1 milhão. 

O criminoso contou que André tinha convidado para atuar no crime seu primo Amarildo dos Santos (foragido) e seu cunhado José Italívio Martins, o “Itá”, preso em Campo Grande no dia 4 de dezembro de 2014. Segundo ele, a vítima foi abordada no bairro Jardim Cuiabá, por um veiculo Caravam furtado por José Italívio Martins para ser usado na captura. Pelo sequestro receberam R$ 250 mil.

No ano de 1998, André Amarildo Teodoro, o primo Amarildo dos Santos e o cunhado José Italívio Martins, o “Itá”, novamente se juntaram e decidiram sequestrar desta vez o empresário Khalil Malouf, proprietário de vários empreendimentos em Cuiabá. Pelo sequestro, a quadrilha recebeu R$ 250 mil, igualmente dividido em partes iguais o valor do resgate.

Na ocasião do crime, José Teodoro de Souza, em novo depoimento à Divisão Anti-Sequestro, revelou uma “lista de pessoas que seriam sequestradas em Mato Grosso”, pelo quadrilha liderada por seu irmão André Amarildo Teodoro. Ele afirmou que tinham feito vários levantamentos de locais e das vítimas em potencial a serem futuramente sequestradas. 

Na lista, segundo o preso, constavam nomes de empresários de sucesso da Capital, parentes de políticos de renome e projeção nacional, além de proprietários de empresas do ramo da construção civil como do empresário Antonio Pascoal Bortoloto o “Toninho da Todimo”, que realmente foi sequestrado em abril de 2009, quando permaneceu 17 dias acorrentado em um cativeiro, tendo sido localizado após pagamento de resgate na região do Capão Grande, em Várzea Grande. De acordo com o delegado Flávio Henrique Stringueta, a Divisão Anti-Sequestro não descarta a possibilidade de que a quadrilha liderada por André Amarildo Teodoro de Souza, possa realmente ter praticado outros crimes em Mato Grosso. (Com assessoria)

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