Sôni Fiori/A Gazeta
No fervor do destempero político iniciado pela renúncia do senador Jayme Campos (DEM) para concorrer a reeleição, a coligação Coragem e Atitude para Mudar, encabeçada pelo candidato ao governo, senador Pedro Taques (PDT), tem a missão de encontrar, nesse fim de semana, um nome a altura do democrata para assumir sua vaga. A tendência de o deputado federal Nilson Leitão (PSDB) vir a declinar de assumir o posto, acompanhado pelo ex-secretário de Governo de Cuiabá, Fábio Garcia (PSB), remete a oposição a análises que passam por indicações do DEM; podendo abrir espaço para o PSB através da deputada estadual Luciane Bezerra, chegando ao coordenador geral da campanha de Taques, o ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti.
O nome da ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB) também entrou no rol de avaliações. E teria chances parcas de evoluir, considerando a falta de apoio da ex-parlamentar no PTB para brigar pela vaga, ainda no período das convenções. O descontentamento dela provocou sua decisão de não disputar cargo eletivo no pleito deste ano, projetando simpatia pelo projeto do PSD, liderado pelo candidato ao governo e principal adversário de Taques, deputado José Riva.
No Democratas, que requer o direito de indicar o substituto de Jayme, são aventados o ex-prefeito de Alto Garças, Roland Trentini e ainda o ex-senador, Gilberto Goellner. As estratégias da oposição só devem ser definidas após a reunião da Executiva do DEM, marcada para amanha (28), em Cuiabá, que contará com o senador no comando dos debates.
Fábio Garcia decidiu manter seu projeto de disputar uma das oito vagas a Câmara Federal na sexta-feira. Sua posição já teria sido comunicada a cúpula da oposição, atendendo, segundo fonte, pedidos reiterados advindos do prefeito Mauro Mendes (PSB) e ainda de familiares do postulante.
Na lista sob análise de Taques e do grupo apoiador, se sobressaiu o de Nilson Leitão. O tucano chegou a conversar sobre o assunto com o presidenciável, Aécio Neves (PSDB), em São Paulo. Itens como a viabilidade eleitoral, unidade no grupo e recursos para a campanha, são fortes elementos para barrar seu aceite.
Nesse contexto é que o nome de Garcia ganhou força, por ser próximo de Mauro Mendes, além de ter canais favoráveis para obtenção de recursos. Fábio é filho do empresário, que atua na área da construção civil, Robério Garcia, o Berinho. Contaria com apoio de uma parcela considerável de doadores de campanha da iniciativa privada.
Ao avaliar a seara, Sachetti disse que “não tinha esse projeto e que assim como o grupo, está analisando porque tem várias questões a serem ponderadas, como em relaçao aos recursos de campanha”.