Welington Sabino, repórter do GD
Mesmo tendo em mãos uma pesquisa que o coloca como favorito para vencer a eleição pelo governo de Mato Grosso, o senador Blairo Maggi (PR) voltou a descartar qualquer possibilidade de vir a ser o candidato da base governista. O ex-governador promoveu uma coletiva nesta quarta-feira (30), na sede de sua empresa na Capital, e ressaltou que já disse ‘não’ para até para a presidente Dilma Rousseff (PT) que o procurou pessoalmente para pedir que ele disputasse o governo nas eleições de outubro próximo. Enfatizou que só está reafirmando seu posicionamento já externado anteriormente de que não é candidato.
“Fui governador por 2 mandatos e sei o grau de responsabilidade que é governar e já ficando 4 anos fora, não me recuperei da ressaca do governo. Ainda tenho dificuldade de encar isso, ter que aceitar e fazer tudo de novo”, disse o senador que estava em posse de uma pesquisa encomendada por ele mesmo que o coloca como favorito a vencer o pleito. Ele pontuou que está em boas condições na pesquisa eleitoral, mas não terá candidatura de sua parte.
Maggi também descartou qualquer tipo de aliança com o bloco oposicionista, cujo pré-candidato ao governo é o também senador Pedro Taques (PDT). “Nós viemos construindo, eu e o Taques, a possibilidade de estarmos no memso palanque. Mas a posição do Taques em relação ao governo federal é antagônica ao meu posicionamento”. Ele ressaltou que as divergências com o pedetista não atingem o campo pessoal.
O senador disse ser normal a pressão que existe sobre ele para que aceite ser o candidato da base. E, mais uma vez, está deixando claro ao PR que ele não se lançará na disputa e também não pretende conduzir o processo eleitoral na condição de líder da legenda, indicando os caminhos ou nomes a serem oficializados para a disputa majoritária. Blairo justificou que convocou a coletiva porque mesmo ele já tendo afirmado que não era candidato, a falta de um posicionamento claro estava atrapalhando o grupo governista. Dessa forma, enfatizou que não vai disputar o governo.
Ele disse que até a presidente Dilma o procurou num encontro ocorrido na cidade de Belém (PA) e pediu que disputasse o governo de Mato Grosso. Conforme a petista, essa é também a vontade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, o senador descartou e disse à Dilma que ele não será candidato. A conversa ocorreu um na última sexta-feira (25), um dia depois da visita de Dilma a Cuiabá e Blairo não pôde estar presente.
“Por mais ruim que a notícia seja para o meu grupo político, e tem que ser dita, defendi uma tese que é da renovação. Eu fui a renovação em 2002, hoje eu não sou mais. Tenho defendido a renovação, mas não tenho encontrado eco. Então que o PR lance candidato, PMDB lance candidato, SDD lance candidato. Infelizmente não tenho conseguido encontrar respaldo”, destacou o senador. (Colaborou Sissy Cambuim)
