Izabel Barrizon/GD
Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (30), a Operação “Grená”, nome em alusão à cor usada pela facção criminosa “Comando Vermelho”, criada dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), pelo criminoso Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, e outros dois presos, no início do ano passado, e tem como meta fechar o cerco contra a quadrilha que chefia diversos crimes no Estado de dentro da unidade prisional.
Marcus Vaillant/ Arquivo![]() Delegado Flávio Stringueta – titular da GCCO |
Oito detentos da PCE foram transferidos para o presídio federal no Rio Grande do Norte (RN), 7 deles, segundo a Polícia Civil, são ligados diretamente à facção. O líder de outra organização também foi transferido para o Nordeste.
De acordo com a Polícia Civil, dos 43 mandados de prisão preventiva a serem cumpridos, 31 são de detentos. Outros 12 são colaboradores do Comando Vermelho e vivem em Cuiabá e Várzea Grande. Doze endereços de pessoas ligadas à organização criminosa também serão revistados.
Ainda de acordo com as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os criminosos são investigados por diversos crimes, entre tráfico de drogas, homicídios e formação de quadrilha, cometidos de dentro do presídio com apoio de membros do lado de fora.
Polícia cumpre 18 mandados na Penitenciária Central do Estado (PCE), 2 na unidade feminina Ana Maria do Couto May, 8 no Centro de Ressocialização (Carumbé), 2 na Cadeia Pública do Capão Grande (em Várzea Grande), e 1 no presídio Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis.
Comando Vermelho de Mato Grosso – Idealizado por “Sandro Louco”, a facção é uma filial independente da organização criada na década de 90 no Rio de Janeiro, que comanda o tráfico de drogas na região. Sandro, juntamente com Renato Sigarini, conhecido por “Vermelhão”, Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco” ou “Gentil”, e Renildo Silva Rios, conhecido por “Nego”, “Negão” ou “Liberdade”, são os responsáveis pelo CV-MT.
Segundo as investigações dos delegados Flávio Henrique Stringueta e Cleibe Aparecida de Paula, da GCCO, a facção foi criada em 2013, depois da explosão do muro da PCE, em 20 de agosto de 2012. Depois disso, a polícia começou a monitorar as ações de dentro do presídio. (Com informações Polícia Civil)