Izabel Barrizon, repórter do GD
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o julgamento do enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, acusado de matar a ex-mulher, a juíza Glauciane Chaves de Melo, em junho passado no Fórum de Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá). O julgamento estava previsto para ocorrer na quinta-feira (20), no município. A decisão é do ministro Rogério Schietti Cruz.
Foto/PJC/MT Evarderly de Oliveira Lima no dia da prisão em Alto Taquari |
De acordo com o habeas corpus, o réu estaria sendo prejudicado depois da renúncia da defensora pública designada para atuar em sua defesa. Esta tinha pedido transferência do júri para o município de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), distante 300 km de Alto Taquari, cidade onde ocorreu o crime.
O novo defensor ratificou a importância de transferir o júri para outra cidade, desta vez a Comarca de Alto Araguaia, há cerca de 70 km do município do crime. Ainda segundo a decisão, a primeira defensora do réu não o estaria informando sobre os acontecimentos de seu julgamento.
O julgamento está suspenso até análise final do pedido. Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) e Juízo da Vara Única de Alto Taquari foram informados em caráter de urgência. A Justiça deve intimar novamente a defesa de Evanderly, para analisar novo pedido de transferência do júri. Réu está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Crime – No dia 7 de junho de 2013, o enfermeiro e ex-marido da magistrada entrou no Fórum da cidade e após pequena discussão atirou duas vezes, atingida a cabeça da vítima. Ele ficou foragido por alguns dias, até que foi preso em região de mata na mesma localidade do crime.