Gláucio Nogueira/ GD
A Polícia Federal tenta identificar as 6 pessoas suspeitas de acessarem, armazenarem e compartilharem fotos e vídeos de crianças em cenas de sexo explícito. Para chegar a autoria do crime, o órgão deflagrou, nesta terça-feira (18), a operação “Anjos na Rede”. Os 6 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e lan houses das cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Tangará da Serra. As imagens eram baixadas e compratilhadas em comunidades especializadas neste tipo de conteúdo.
De acordo com o delegado Dennis Cali, a participação de mato-grossenses foi descoberta em julho do ano passado, quando um órgão de controle dos Estados Unidos repassou a informação para a PF. Desde então, o caso está sob apuração por parte da Delegacia de Defesa Institucional de Combate à Pornografia Infantil pela Internet. “Foram interceptadas comunicações, troca de imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito e com base nessa informação foi instaurado o inquérito”.
Após o recebimento das informações, o trabalho da PF se concentrou em identificar os locais onde os computadores, rastreados pelo IP, estavam localizados. O avanço foi possível após a quebra, autorizada pela Justiça Federal, do sigilo telemático dos acusados.
Na operação, segundo Cali, foram apreendidos computadores, discos rígidos e mídias, como CDs e Pen Drives. “Nosso próximo passo é analisar o que foi apreendido para materializar as informações que tínhamos”. Outra medida é identificar quais são as pessoas que de fato acessaram e compartilharam o material, ressalta o delegado, uma vez que isso era feito em lugares públicos, casos das lan houses ou residências em que mais de uma pessoa tinha cesso à internet.
As imagens que embasaram o início das investigações foram acessadas em chats ou comunidades voltadas para a disseminação do material pornográfico. “Existem comunidades em que, para se entrar, é necessário postar uma imagem de crianças nesta situação”. Até o momento, os 6 suspeitos, quando identificados, responderão por publicar ou registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente e adquirir, possuir ou armazenar registros do tipo, com penas que variam de 3 a 6 anos de prisão.
A situação dos envolvidos pode piorar se as crianças que estão nas imagens forem identificadas. “Se percebermos a presença de crianças brasileiras e elas forem identificadas há um crime mais grave que é o de estupro. Existem imagens de crianças que circulam na rede e não se identificam a origem”.