Os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) decidiram cruzar os braços já nesta terça-feira (25), por tempo indeterminado. Trabalhadores garantem que as negociações vêm sendo discutidas desde 2008.
Conforme Julismar Andrade de Vasconcelos, membro do Comando de Greve e supervisor regional de Mato Grosso, na última terça-feira (18) houve uma reunião entre a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, mas não houve acordo.
Há mais de cinco anos sem reajuste, a categoria não firmou acordo com o governo federal no processo de negociações de 2012 que assegurou aumentos de em média 15,8%, em três anos, para uma série de setores, já que suas principais reivindicações não seriam contempladas.
Com essa negativa do governo, Julismar disse que o movimento paredista atuará desde a manhã desta terça-feira, com apoio do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT). “A paralisação será 100%, inclusive os terceirizados, com a realização de piquetes nos portões do Dnit. Segundo a Lei de Greve, no seu artigo 10, nosso serviço não é essencial, portanto não há necessidade de mantermos parte de servidores trabalhando, a não ser que a Justiça do Trabalho assim o determine”, disse Vasconcelos.
Enquanto isso, a categoria segue firme no propósito de lutar para ver asseguradas suas demandas centrais. A Condsef já notificou a greve aos ministérios dos Transportes e do Planejamento, além do Dnit. Com a greve dos servidores do Dnit muitos projetos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) devem ser afetados. Para a categoria o governo buscou o problema na medida em que não teve habilidade para solucionar o conflito e não deu tratamento adequado aos seus servidores. A Condsef ainda acrescenta que o PAC até o momento gerou grandes benefícios a empreiteiras e grandes empresas enquanto os trabalhadores carregam apenas o ônus deste processo ficando a mercê de condições inadequadas de trabalho.