O ex-zagueiro Toninho Cecílio vem acompanhando de perto o drama vivido pelo Palmeiras no Brasileirão. Com uma grande história no clube como jogador e dirigente, receitou coragem para o Verdão sair da grave situação que se encontra.
— Acho que tem de ter muita coragem. Nas equipes do tamanho do Palmeiras que estão na zona do rebaixamento, a pressão é muito grande. Tem de ter muita disciplina, atitude e coragem. A diretoria precisa passar essa confiança para os atletas. É uma situação difícil.
Para o ex-diretor de futebol do time alviverde (ele era o responsável pelo departamento na conquista do Paulistão de 2008), a equipe terá de batalhar em diversas frentes para se recuperar.
— Nunca é só uma coisa. O treinador precisa errar o mínimo possível e sua concentração tem de ser absurda nos detalhes, nas escalações, nas mexidas. Já a diretoria tem de cuidar dos problemas para que não se alastrem e o lado emocional que sempre atrapalha.
Oriundo da base palmeirense em uma época de poucos títulos, Toninho afirmou que a pressão era muito menor nesta época que a vivida pelo time atual.
— Nunca vivi esse tipo de pressão no Palmeiras. A cobrança é grande e natural pela falta de títulos, mas não se compara a uma situação como essa que é muito pior. O time sempre fazia boas campanhas ou médias nos torneios.
Apesar do momento grave, o ex-jogador do Palmeiras aposta em uma reação e que a equipe não deverá cair para a segunda divisão.
— O Felipão tem capacidade para tirar o time dessa situação e tem elenco e diretoria para isso. Tem as condições para sair e eu torço muito. Tem o Scolari, o César Sampaio, que jogou comigo.
Toninho tem experiência para analisar, pois foi, além de ex-jogador e dirigente, técnico de futebol. Sua última experiência foi no ano passado, no comando do Avaí que caiu para a segunda divisão.
— O Avaí passava por um momento difícil, com salários atrasados, mas tinha condições de sair. Queria ter ido até o final, pois eu acreditava na saída do rebaixamento.
Atualmente sem clube, ele está a espera de propostas e na observação de jogos das Séries A e B.
— Eu recebi algumas propostas que não achei interessantes, negociei outra interessante, mas que não cheguei a um acordo salarial. Estou fazendo uma observação forte de equipes e jogadores. Foi uma escolha.