A implantação de um campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Cuiabá começa a ganhar força entre as classes política e empresarial. Estudantes e professores por diversas vezes já haviam se mobilizado a favor da proposta, tendo em vista a necessidade de qualificação profissional que o mercado de trabalho atual exige. O tema nunca ganhou força pela justificativa de que não havia, então, universitários suficientes na região para preencher os cursos.
Entretanto, dados do Ministério de Educação comprovaram a necessidade da abertura de uma unidade de terceiro grau pública como opção aos alunos que saem do Ensino Médio e procuram pela qualificação superior. O MEC divulgou que entre as 23 unidades da Federação que têm a opção de ter uma universidade estadual, Cuiabá é a única cidade que não possui um campus na Capital.
Com base nesta estatística, os deputados estaduais Emanuel Pinheiro (PR) e Carlos Avalone (PSDB) apresentaram um requerimento, já aprovado pela Mesa Diretora da Casa, para a realização de uma audiência pública em Cuiabá, com data a ser definida, para tratar sobre a implantação do campus na Capital.
“A instalação de uma unidade em Cuiabá vai contribuir para o aumento do acesso ao ensino superior do cidadão de baixa renda. A instituição pública de qualidade vai contribuir também com o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além de atender não só essas pessoas, mas os municípios que compõem a região metropolitana”, destacou Avalone
Na opinião de Emanuel Pinheiro, apesar de haver um campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá, o cidadão de baixa renda dificilmente tem acesso aos cursos ofertados pela mesma. Com a criação de um campus da Unemat, “vai aumentar consideravelmente o número de vagas e acesso à população carente à educação de qualidade e gratuita”, justificou o parlamentar.
